PREFEITURA SANTANA

Prefeitura do Rio suspende festa de réveillon em Copacabana

O anĂșncio foi feito pelo prefeito Eduardo Paes

Por Redação em 04/12/2021 às 22:11:24

A prefeitura do Rio cancelou a festa de Réveillon na Praia de Copacabana. O anĂșncio foi feito pelo prefeito Eduardo Paes diante da recomendação preliminar do comitĂȘ cientĂ­fico do estado, de suspensão do evento na forma clĂĄssica, para evitar as aglomerações na orla. O comitĂȘ da prefeitura tem entendimento diferente e concordava com a realização da tradicional festa da virada do ano. Segundo o prefeito, como havia divergĂȘncias, ele optou pela mais restritiva e por respeito à ciĂȘncia.

"Respeitamos a ciĂȘncia. Como são opiniões divergentes entre comitĂȘs cientĂ­ficos, vamos sempre ficar com a mais restritiva. O comitĂȘ da prefeitura diz que pode, o do estado diz que não. Então não pode. Vamos cancelar, dessa forma, a celebração oficial do Réveillon do Rio", postou Paes em seu perfil no Twitter.

"Se é esse o comando do estado (não era isso o que vinha me dizendo o governador), vamos acatar. Espero poder estar em Copacabana, abraçando a todos na passagem de 2022 para 2023. Vai fazer falta, mas o importante é que sigamos vacinando e salvando vidas", comentou em outra mensagem.

Paes se reuniu hoje (4) com o secretariado no Centro de Convenções Sulamérica, na Cidade Nova, região central do Rio. Em coletiva após a reunião, o prefeito disse que tomou a decisão com tristeza. "Estou muito triste, pessoalmente e como prefeito. Acho que a celebração do Réveillon no Rio é uma das festas mais incrĂ­veis. É uma celebração incomparĂĄvel, que mistura gente, mistura credos, em que as pessoas se abraçam. Não tem nada mais anticarioca do que essa porcaria da covid. O Rio é a cidade da celebração, do abraço, do espaço pĂșblico, do encontro, mas nós vamos resistir bravamente. Nós vamos prevalecer, e o Rio continua aqui lindo e maravilhoso", comentou.

O prefeito afirmou que até aquele momento só tinha visto as restrições à realização da festa, mas que se houver mais decisões restritivas, o municĂ­pio vai acatar. "Se puserem mais medidas restritivas, a gente acata. Eu vi, na decisão do comitĂȘ cientĂ­fico do estado, a decisão em relação à festa do Réveillon. Não houve nenhuma outra recomendação. Não sou eu que vou decidir. Se houver outra recomendação, a gente segue".

Paes contou que tinha o limite, até o fim da primeira quinzena deste mĂȘs, para a prefeitura tomar a decisão se iria manter ou não a celebração em Copacabana e, enquanto isso estava sendo feito, havia o planejamento, porque para ocorrer um evento desse porte é preciso ter uma série de medidas que não podem ser tomadas de uma hora para outra. "A gente planeja muito para fazer um evento dessa dimensão e dessa proporção".

O prefeito disse que foi surpreendido pela recomendação, embora mantenha contatos frequentes com o governador do Rio, ClĂĄudio Castro, que, segundo ele, tem dado apoio ao municĂ­pio. Mas no caso de comitĂȘs cientĂ­ficos, nem ele, nem o governador tĂȘm ingerĂȘncia. "Não é uma opinião minha. Eu gostaria que tivesse a festa, que pudesse ter a celebração, mas não vou ficar aqui palpitando. Isso não é achismo. O gestor polĂ­tico acompanha as decisões da ciĂȘncia. Esse é o nosso papel", afirmou.

"ComitĂȘ cientĂ­fico é comitĂȘ cientĂ­fico. Nem eu mando no meu, nem o ClĂĄudio Castro manda no dele"

Sobre o carnaval, o prefeito disse que ainda faltam quase trĂȘs meses, mas se houver uma recomendação da ciĂȘncia de suspensão, a prefeitura vai seguir. "Eu sigo a ciĂȘncia sempre, e essas coisas tĂȘm que estar muito claras. Tomara que não precise cancelar o carnaval, não só pela importância da festa e da celebração para a cultura do paĂ­s, mas pela importância econômica para a cidade do Rio e para todo o Brasil", completou.

O presidente do Sindicato dos Meios de Hospedagem do MunicĂ­pio - Hotéis Rio, Alfredo Lopes, lamentou a decisão de cancelamento da festa, mas concordou que se a recomendação é cientĂ­fica precisa ser acatada. "A hotelaria esperava chegar a 100% de ocupação. Mas entendemos, jĂĄ que é uma recomendação do ComitĂȘ CientĂ­fico, então precisamos acatar. Ano passado jĂĄ não teve Réveillon e chegamos a 80% de ocupação. Vamos torcer para que as reservas se mantenham e vamos em frente para que no ano que vem a gente possa ter um Réveillon espetacular", completou.

O governador do Rio, ClĂĄudio Castro, disse, em seu perfil no Twitter,que vai se reunir quarta-feira (8) com o prefeito Eduardo Paes para discutir uma decisão final sobre a realização do Réveillon em Copacabana. "Falei hĂĄ pouco com o prefeito Eduardo Paes e decidimos, juntos, que faremos uma reunião na próxima semana para uma decisão final sobre a festa. Participarão desse encontro técnicos da saĂșde do estado e do municĂ­pio", informou Castro.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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