PREFEITURA SANTANA

Câmara aprova admissibilidade da PEC Emergencial

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (9), por 366 a 118 e duas abstenções, a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/19, a PEC Emergencial

Por Redação em 09/03/2021 às 06:59:04

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (9), por 366 a 118 e duas abstenções, a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/19, a PEC Emergencial. A proposta autoriza o governo federal a pagar um auxĂ­lio emergencial em 2021 com R$ 44 bilhões fora do teto de gastos e impõe mais rigidez na aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributĂĄrios.

A expectativa do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), é votar a proposta, em dois turnos, nesta quarta-feira (10). Por se tratar de PEC, o texto dependerĂĄ dos votos pelo menos 308 dos 513 deputados para ser aprovado.

A proposta cria mecanismos de ajuste fiscal, caso as operações de crédito da União excedam as despesas. Entre as medidas, estão barreiras para que a União, os estados e os municĂ­pios criem despesas obrigatórias ou benefĂ­cios tributĂĄrios.

A PEC também possibilita o pagamento do auxĂ­lio emergencial com créditos extraordinĂĄrios sem ferir o teto de gastos pĂșblicos. Para garantir o pagamento do auxĂ­lio por mais alguns meses, o texto mantém os chamados gatilhos, medidas acionadas automaticamente quando as despesas atingirem um certo nĂ­vel de descontrole.

Entre essas medidas, estão barreiras para que União, estados ou municĂ­pios criem despesas obrigatórias ou benefĂ­cios tributĂĄrios. Além disso, também estarão proibidos de fazer concursos pĂșblicos ou conceder reajustes a servidores.

No Senado, o texto sofreu mudanças. O relatório do senador MĂĄrcio Bittar (MDB-AC) teve que ceder à resistĂȘncia de vĂĄrios colegas e foi retirado o trecho mais polĂȘmico do seu parecer, o fim da vinculação obrigatória de parte do Orçamento a investimentos com saĂșde e educação. Bittar também retirou a redução de salĂĄrio e jornada de trabalho dos servidores pĂșblicos, como expediente de ajuste fiscal e equilĂ­brio das contas pĂșblicas.

Bittar adicionou uma "trava" a mais para evitar um gasto excessivo com o auxĂ­lio emergencial. O governo estima retornar com o auxĂ­lio emergencial em forma de quatro parcelas de até R$ 250 ainda este mĂȘs.

Debate

Para o deputado Alex Manente (Cidadania-SP), a proposta vai viabilizar o pagamento de novas parcelas de auxĂ­lio emergencial com "responsabilidade fiscal".

"Com essa PEC nós estamos criando uma austeridade fiscal importante. Este é um momento de pandemia, como foi dito, é um momento em que todos estão sofrendo, e nós precisamos do esforço de cada um, especialmente daqueles que jĂĄ tĂȘm a renda garantida pelo serviço pĂșblico. Por isso, só no momento da pandemia, nós estamos limitando alguns gatilhos que criam as condições de gerar o auxĂ­lio emergencial para toda a população", disse.

Parlamentares de oposição avaliam que a proposta é uma "minirreforma administrativa" e vai prejudicar os trabalhadores ao, entre outros pontos, congelar salĂĄrios de servidores pĂșblicos e proibir concursos.

"Em minha terra hĂĄ um ditado que diz que estão passando gato por lebre. Isso é exatamente o que acontece aqui neste momento. A Casa e o paĂ­s pedem o auxĂ­lio emergencial e o governo tenta impor um ajuste fiscal que não tem nenhum cabimento no atual momento. Os paĂ­ses do mundo inteiro estão aprovando auxĂ­lios emergenciais para os seus trabalhadores. Ainda ontem (8) nos Estados Unidos foi aprovado um auxĂ­lio de US$ 2 trilhões", argumentou o deputado Renildo Calheiros (PCdoB - PE).

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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