PREFEITURA SANTANA

MinistĂ©rio vai contratar 6,3 mil vagas em comunidades terapĂȘuticas

O MinistĂ©rio da Cidadania anunciou, hoje (21), a contratação de 203 comunidades terapĂȘuticas que, juntas, ofertarão mais 6,3 mil novas vagas

Por Redação em 21/12/2021 às 21:30:57

O Ministério da Cidadania anunciou, hoje (21), a contratação de 203 comunidades terapĂȘuticas que, juntas, ofertarão mais 6,3 mil novas vagas para pessoas que buscam, voluntariamente, tratamento para a dependĂȘncia quĂ­mica.

As entidades habilitadas foram selecionadas por meio do Edital nÂș 17, de 2019, e contratadas para prestar serviço de acolhimento a dependentes quĂ­micos em regime residencial, em carĂĄter transitório, e sem custos para as pessoas que acolhem.

O anĂșncio foi feito durante uma cerimônia ecumĂȘnica que contou com a presença dos ministros da Cidadania, João Roma, e da Mulher, FamĂ­lia e Direitos Humanos, Damares Alves, secretĂĄrios, parlamentares como o lĂ­der do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), e lĂ­deres religiosos.

Segundo o secretĂĄrio nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, Quirino Cordeiro, com a iniciativa, o governo passa a financiar um total de 17,3 mil vagas em comunidades terapĂȘuticas. "São 6,3 mil vagas a mais. Graças ao trabalho do ministro João Roma, que conseguiu, no Congresso Nacional, R$ 78 milhões para podermos seguir ampliando o nĂșmero de vagas - tão importantes para reduzirmos as barreiras de acesso das pessoas com dependĂȘncia quĂ­mica ao cuidado nas comunidades terapĂȘuticas", disse Cordeiro.

Ainda de acordo com o secretĂĄrio nacional, o governo federal planeja ampliar a participação das comunidades terapĂȘuticas no atendimento a pessoas com dependĂȘncia quĂ­mica, como parte da estratégia de cuidados e prevenção às drogas.

"Temos avançado no trabalho com estas comunidades. Estamos trabalhando no Congresso Nacional. Este fim de semana, estive em contato com o relator do Orçamento, o deputado Hugo Leal [PSD-RJ], e as expectativas são bastante boas para que possamos avançar ainda mais, expandir ainda mais, no próximo ano, o financiamento do governo federal para as comunidades terapĂȘuticas", acrescentou Cordeiro.

Segundo o próprio Ministério da Cidadania, as comunidades terapĂȘuticas passaram a ter papel mais protagonista na atual gestão federal, saltando de 2.900 vagas financiadas no inĂ­cio de 2018, para as atuais 17,3 mil vagas contratadas. No começo de 2018, as entidades responsĂĄveis pelos centros de acolhimento receberam R$ 40 milhões em verbas pĂșblicas. Entre 2020 e 2021, a pasta repassou cerca de R$ 193,2 milhões às instituições contratadas. Ainda de acordo com o ministério, mais de 80 mil pessoas receberam tratamento nas comunidades.

Durante o evento de anĂșncio da contratação, o ministro João Roma classificou a iniciativa como um "grande empreendimento" e um "grande esforço coletivo para dar esperança às pessoas". "Precisamos reconhecer e cada vez mais projetar o trabalho das comunidades terapĂȘuticas que, hĂĄ até pouco tempo, precisavam trabalhar na surdina, quase com vergonha institucional de desenvolver o trabalho brilhante de salvar vidas", disse Roma, referindo-se às crĂ­ticas à sistemĂĄtica de trabalho das comunidades terapĂȘuticas, que, em geral, estão ligadas a igrejas. "Com a participação das comunidades terapĂȘuticas, observarmos que recuperar uma pessoa que estĂĄ na dependĂȘncia quĂ­mica vai muito além de um trabalho clĂ­nico."

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) é uma das entidades que tĂȘm, reiteradamente, questionado a atuação de algumas comunidades terapĂȘuticas e a tentativa de integrĂĄ-las à rede socioassistencial pĂșblica. No relatório que divulgou em 2018, sobre as inspeções realizadas em instituições de todo o paĂ­s, o CFP aponta que constatou pessoas privadas de liberdade contra sua vontade e outras violações de direitos individuais, além da falta de propostas de "desinstitucionalização" - ou seja, de saĂ­da das pessoas dos locais de atendimento.

JĂĄ o Conselho Federal de Medicina (CFM), em seu Parecer nÂș 8, do inĂ­cio de dezembro, menciona que as comunidades terapĂȘuticas acolhedoras são um "ambiente especĂ­fico para receber dependentes quĂ­micos que voluntariamente as procurem para alcançar a abstinĂȘncia", não se tratando de ambientes médicos, "mas tão somente de um sistema de albergagem terapĂȘutica", no qual, segundo a Lei 13.840/2019, é proibida "qualquer modalidade de internação".

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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