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Fiocruz: boletim mostra alta em casos de sĂ­ndrome respiratĂłria aguda

Em 25 estados, observa-se ao menos uma macrorregião com sinal de alta

Por Redação em 21/01/2022 às 21:48:24

O Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado hoje (21) pela Fundação Oswaldo Cruz, aponta crescimento significativo de casos de SĂ­ndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) tanto na tendĂȘncia de longo prazo, referente às Ășltimas seis semanas, como de curto prazo (Ășltimas trĂȘs semanas).

O nĂșmero de novos casos de SRAG estimados para a Semana Epidemiológica (SE) 2, de 9 a 15 de janeiro, alcança cerca de 19,3 mil casos, enquanto a estimativa para a SE 1 é de 15,8 mil casos. Segundo o boletim, a média móvel evoluiu de 13 mil para 16 mil casos semanais, alta de 23% em relação à primeira semana do ano.

De acordo com o estudo, 22 estados apresentam pelo menos uma macrorregião de saĂșde com nĂ­vel de casos semanais de SRAG considerado muito elevado ou extremamente alto, somando 73 do total de 118 macrorregiões de saĂșde do paĂ­s.

Todos os estados que apresentam sinal de expansão na tendĂȘncia de longo prazo estão com o indicador em nĂ­vel forte (probabilidade maior que 95%), exceto Rondônia, que apresenta sinal moderado (probabilidade maior que 75%). A anĂĄlise relativa à SE 2 tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da VigilĂąncia Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 17 de janeiro.

Em 25 dos 27 estados, observa-se ao menos uma macrorregião de saĂșde com sinal de crescimento nas tendĂȘncias de longo ou curto prazo. Rondônia e Roraima são os Ășnico estados em que se observa tendĂȘncia de queda ou estabilidade, no longo e curto prazos.

Em relação às estimativas de nĂ­vel de casos de SRAG para as macrorregiões de saĂșde, não observa-se nenhuma em nĂ­vel pré-epidĂȘmico, enquanto hĂĄ dois em nĂ­vel epidĂȘmico; 43 em nĂ­vel alto; 53 em nĂ­vel muito alto; e 20 em nĂ­vel extremamente alto.

Capitais

Nas capitais, 24 das 27 cidades apresentam sinal de crescimento na tendĂȘncia de longo prazo até a SE 2. Apenas Boa Vista (RR), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA) não apresentam sinal de crescimento.

Apesar disso, o boletim da Fiocruz observa que a capital fluminense apresenta sinal de crescimento na tendĂȘncia de curto prazo (Ășltimas trĂȘs semanas).

Em relação à capital baiana, por conta da diferença significativa entre o quadro apresentado pelos dados da capital em relação ao das macrorregiões de saĂșde do entorno, os pesquisadores sugerem cautela em relação aos dados atuais e revisão dos registros para confirmação do cenĂĄrio.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, destacou que, "praticamente todos os estados apresentaram sinal de crescimento anterior às SE 52 de 2021 (26/12/2021 a 1/1/2022) e SE 1 de 2022 (de 2 a 8 de janeiro)".

Para o coordenador, os dados deixam claro que tal cenĂĄrio é ainda anterior às celebrações de final de ano: "no Rio de Janeiro, onde a houve distĂąncia maior entre o inĂ­cio da epidemia de Influenza e a retomada do crescimento da covid-19, que levou a uma oscilação no nĂșmero de novos casos no mĂȘs de dezembro, observa-se que o crescimento da covid-19 jĂĄ se sobrepõe à queda nos casos associados à gripe, fazendo com que os novos casos de SRAG mantenham sinal de crescimento".

Dentre os casos positivos em 2022, 22,6% são de Influenza A, 0,2% de Influenza B, 3,6% de vĂ­rus sincicial respiratório (VSR), e 64,4% de Sars-CoV-2 (covid-19). Nas quatro Ășltimas semanas epidemiológicas, a prevalĂȘncia entre os casos positivos foi de 40,1% de Influenza A, 0,5% de Influenza B, 5,6% para o vĂ­rus sincicial respiratório, e 47,3% para covid-19.

SRAG

Com relação ao ano epidemiológico de 2022, jĂĄ foram notificados 11.477 casos de SRAG, sendo 3.259 (28,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vĂ­rus respiratório, 3.117 (27,2%) negativos e, ao menos, 4.034 (35,1%) aguardando resultado laboratorial.

Dentre os casos positivos do ano em curso, 26,1% são Influenza A, 0,3% refere-se ao vĂ­rus sincicial respiratório (VSR) e 71,6% ao Sars-CoV-2. Não foram registrados casos de Influenza B. Nas quatro Ășltimas semanas epidemiológicas, a prevalĂȘncia entre os casos positivos foi de 41,4% para Influenza A, 2,3% para Influenza B, 0,8% do vĂ­rus sincicial respiratório (VSR) e 51,5% de covid-19.

De acordo com os pesquisadores, o final do ano de 2021 foi marcado por uma epidemia de Influenza A em praticamente todo o território nacional, seguida de retomada do crescimento nos casos de SRAG associados à covid-19 a partir da segunda quinzena do mĂȘs de dezembro.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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