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Em entrevista, presidente Bolsonaro fala sobre desempenho do PIB

O presidente declarou que não acha que houve participação de maior ou menor destaque na recuperação e criação de vagas de emprego

Por Redação em 11/02/2022 às 22:29:18

O presidente declarou que não acha que houve participação de maior ou menor destaque na recuperação e criação de vagas de emprego no Brasil durante o ano de 2021. Ele explicou que as mais de 2,7 milhões de novas oportunidades formais registradas durante o perĂ­odo podem ser atribuĂ­das aos esforços conjuntos de atividades econômicas. "A construção civil é a que mais emprega e não parou. O comércio também. Em eventos, trabalhamos nesse setor também. Continuamos avançando. Praticamente todas as atividades econômicas se fizeram presentes nesse momento [de 2021]", explicou.

Jair Bolsonaro fez crĂ­ticas ao que chama de "polĂ­tica do fique em casa, a economia a gente vĂȘ depois", e classificou como "ditatoriais" as intervenções estaduais que forçaram o fechamento de comércios, negócios e a circulação de pessoas em espaços pĂșblicos. Bolsonaro atribuiu o aumento da inflação à queda de produtividade e ao fechamento de pequenas empresas. "Em 2021, em função da polĂ­tica do fique em casa e a economia a gente vĂȘ depois, veio a inflação. Em especial da energia, combustĂ­veis e gĂȘneros alimentĂ­cios."

Brasil na OCDE

Convidado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para fazer parte do seleto grupo de paĂ­ses-membros, o Brasil ganharĂĄ um "selo de qualidade" caso seja aprovado, afirmou o presidente.

Jair Bolsonaro atribuiu o inĂ­cio dos esforços brasileiros para fazer parte da organização ao governo do ex-presidente Michel Temer. "O inĂ­cio do namoro com a OCDE nasceu no governo Temer. Conosco, chegamos ao noivado. É uma prova de que o mercado acredita na gente, de que nossa polĂ­tica externa é muito boa. Isso facilita a vida do Brasil", disse. O polĂ­tico estimou que o processo para entrada na organização deverĂĄ acontecer em até quatro anos.

AuxĂ­lio Brasil

O AuxĂ­lio Brasil, programa criado para substituir o Bolsa FamĂ­lia, foi a solução articulada pelo governo para socorrer os cerca de 38 milhões de trabalhadores informais que não tinham direitos trabalhistas e nem renda fixa, e que foram impossibilitados de exercer prĂĄticas comerciais durante o perĂ­odo de restrições, explicou o presidente.

"Quem tem salĂĄrio fixo - servidores, militares - não tem problema. O pessoal celetista, o governo colaborou com programas BEm e Pronampe. Os informais - em torno de 38 milhões - foram duramente atingidos. De forma ditatorial, sem pensar nas consequĂȘncias, foram obrigados a ficar em casa pelos governadores. O governo os atendeu via auxĂ­lio emergencial", explicou.

O presidente informou que o montante de recursos injetados durante 2020 no auxĂ­lio emergencial foi equivalente a 15 anos de pagamentos do Bolsa FamĂ­lia. Mais de 17 milhões de pessoas foram beneficiadas.

Privatizações

Sobre as privatizações de empresas estatais, Bolsonaro afirmou que a complexidade burocrĂĄtica dos processos é um empecilho para a oferta de estatais a parcerias pĂșblico privadas ou para venda total das operações. O presidente afirmou, ainda, que o preço atual dos combustĂ­veis pode ser atribuĂ­do à falta de privatizações necessĂĄrias no Brasil. "Temos muita coisa em andamento, porque é demorado realmente. O preço do combustĂ­vel em parte é por conta disso. Se tivesse concluĂ­do refinarias, não precisarĂ­amos estar importando diesel e gasolina de outros paĂ­ses", explicou.

5G e infraestrutura

Considerado o principal avanço tecnológico do governo federal, o leilão do 5G e a chegada da quinta geração de conectividade móvel no Brasil também foram celebrados pelo presidente, que falou sobre as vantagens da chegada de internet de alta velocidade nas escolas brasileiras com o programa WiFi Brasil e a cobertura de fibra óptica na Região Norte - uma das mais carentes em conectividade do Brasil. "Só quando chegar [o 5G] que a população vai ver o que é tecnologia. Tudo vai se fazer presente o 5G. No meio do ano, praticamente todas as capitais jĂĄ terão. Nisso tudo veio um pacotão para internet no Brasil todo. Temos cabos submersos na Região Norte. Uma coisa fantĂĄstica estĂĄ acontecendo no Brasil", declarou.

Ainda no tópico de infraestrutura, Bolsonaro comentou a transposição do Rio São Francisco, que teve mais uma etapa entregue nesta semana. "A satisfação e a alegria das pessoas é algo inenarrĂĄvel. Para nós do Centro-Oeste Sudeste, do Sul, a ĂĄgua nunca se fez ausente na nossa vida. LĂĄ, é uma constante a falta d"ĂĄgua. Só quem olha o semblante do nordestino e vĂȘ ele sentindo a ĂĄgua pode também sentir a satisfação dessas pessoas", declarou.

Corrupção

O presidente falou ainda sobre a ausĂȘncia de casos concretos de corrupção durante sua gestão, mas afirmou que não serĂĄ complacente caso surjam denĂșncias. "Deixo claro: se acontecer, a gente vai investigar. Vencemos mais um ano sem corrupção no Brasil. Coisa que no passado eram dois ou trĂȘs escândalos por semana. Tivemos zero ao longo de trĂȘs anos. Isso não é virtude, é obrigação", complementou.

Jair Bolsonaro também falou brevemente sobre a titulação de terras, como em Fernando de Noronha, e a facilitação da posse de armas de fogo - que definiu como especialmente importante para agricultores e trabalhadores do campo, que podem defender suas propriedades contra invasores.

Estudantes, piso salarial e prova de vida

Por fim, o presidente conversou sobre os anĂșncios recentes da renegociação de dĂ­vidas do Programa Nacional de Financiamento Estudantil, o Fies, e também o reajuste do piso salarial de professores. "São 1,7 milhão professores do ensino bĂĄsico que lidam com 38 milhões de jovens estudantes. Fizemos nossa parte, esperamos que prefeitos e governadores façam a sua e valorizem o professor", argumentou.

Sobre as mudanças na prova de vida do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Bolsonaro criticou gestões passadas e disse que o governo estĂĄ preparado para localizar cadastros de aposentados usando bases de dados de diversos órgãos, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Faltou boa vontade por parte de quem estava no governo federal. A prova de vida não tem que ser feita apenas com a presença fĂ­sica da pessoa. Se a pessoa votou, temos lĂĄ no TSE que ela votou. Por que fazer prova de vida nesse ano? Não precisa fazer."

*Matéria atualizada às 21h30 para acréscimo de informações.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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