O estado do Rio de Janeiro registrou aumento de 11% no nĂșmero de casos de dengue nos primeiros meses deste ano em comparação com 2021. Diante desse cenĂĄrio, o governo do estado fez um alerta para que a população mantenha os cuidados no combate a doença, especialmente neste perĂodo do final do verão e inĂcio das chuvas.
Segundo levantamento da Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de SaĂșde (SES), entre 1Âș de janeiro e 6 de março deste ano foram registrados 364 casos da doença. No mesmo perĂodo, em 2021, foram notificados 328 casos e nenhuma morte. Em 2022, duas pessoas morreram, nos municĂpios de Santo Antônio de PĂĄdua e no Rio de Janeiro.
O combate à dengue se dĂĄ principalmente pela eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, responsĂĄvel pela transmissão dos vĂrus da dengue, chikungunya e Zika. Para isso, é preciso não permitir o acĂșmulo de ĂĄgua limpa e parada.
Entre as ações recomendadas estĂĄ limpar e esvaziar os pratos dos vasos de plantas, manter as caixas d"ĂĄgua, cisternas e outros recipientes de armazenamento de ĂĄgua bem fechados, evitar deixar garrafas e pneus em locais onde possam acumular ĂĄgua, entre outros cuidados. "Dez minutos por semana dedicados a evitar a dengue podem salvar vidas", enfatiza o secretĂĄrio de Estado de SaĂșde, Alexandre Chieppe.
Os principais sintomas da dengue são febre alta, dor no corpo e articulações, dor atrĂĄs dos olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saĂșde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Ănico de SaĂșde (SUS).
Apesar do aumento de casos em relação a 2021, a SES afirma que não hĂĄ uma epidemia de dengue no estado. A dengue é uma doença sazonal, ou seja, que tem maior incidĂȘncia em determinada época do ano. Atualmente, o estado estĂĄ no perĂodo crĂtico para o crescimento do nĂșmero de casos e, além da subnotificação, hĂĄ atraso no registro por conta da pandemia de covid-19.
A pasta diz que foi observado um aumento de casos nas regiões Metropolitana I, Norte, Noroeste, Serrana e Centro-Sul do estado. Nos trĂȘs primeiros meses deste ano, a taxa de incidĂȘncia na região Noroeste foi uma das mais elevadas do estado, ficando em 28,8 casos a cada 100 mil habitantes. No mesmo perĂodo de 2021, a taxa naquela ĂĄrea ficou em 6,3 casos.
Os municĂpios de Itaocara e Santo Antônio de PĂĄdua registraram uma taxa de incidĂȘncia acima de 100 casos por 100 mil habitantes. Quando esse Ăndice ultrapassa 300 por 100 mil habitantes ou foge aos parâmetros do limite superior do diagrama de controle construĂdo para cada municĂpio, considera-se um cenĂĄrio de alta transmissão, ou epidemia.
Ao todo, em 2021, foram registrados 2.879 casos de dengue e quatro mortes. Em 2020, foram notificados 4.435 casos e sete óbitos.
Fonte: AgĂȘncia Brasil