PREFEITURA SANTANA

Comissão vai ampliar a participação indĂ­gena no processo eleitoral

A comissão elaborarĂĄ estudos e projetos para promover e ampliar a presença desses povos nas diversas fases das eleições

Por Redação em 19/04/2022 às 12:46:31

No Dia do Índio, celebrado nesta terça-feira (19), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou a Portaria TSE nÂș 367/2022, que institui a Comissão de Promoção da Participação IndĂ­gena no Processo Eleitoral. A comissão elaborarĂĄ estudos e projetos para promover e ampliar a presença desses povos nas diversas fases das eleições. Coordenado pela assessora do NĂșcleo de Inclusão e Diversidade do TSE, Samara Pataxó, na prĂĄtica o colegiado vai planejar ações com objetivo de fortalecer o exercĂ­cio da capacidade eleitoral dos indĂ­genas, respeitando os respectivos costumes, linguagens e organização social.

Samara ressalta que a comissão, composta por outros indĂ­genas, também deverĂĄ atuar em atividades que promovam o enfrentamento da sub-representatividade indĂ­gena na polĂ­tica, de forma a auxiliar a Justiça Eleitoral no compromisso de ampliar o exercĂ­cio da cidadania dos povos originĂĄrios brasileiros.

"A nĂ­vel institucional, o TSE jĂĄ tem se esforçado nesse sentido, não só com relação aos povos indĂ­genas, mas a outros grupos sub-representados. Mas precisamos enriquecer ainda mais esse debate dentro da estrutura da Justiça Eleitoral. Esses pequenos avanços são significativos e tĂȘm de ser celebrados, pois apontam para um futuro melhor visando uma maior participação indĂ­gena no processo eleitoral", disse Samara.

Inclusão e diversidade

Essa não é a primeira iniciativa do TSE este ano com foco em minorias. JĂĄ sob a presidĂȘncia do ministro Edson Fachin, que assumiu a Corte Eleitoral em fevereiro, foi criado o NĂșcleo de Inclusão e Diversidade do Tribunal. A função do grupo é fortalecer a atuação da Corte em temas relacionados ao aumento da participação polĂ­tica de pĂșblicos variados, com foco nas mulheres, nos negros, na população LGBTQIA+ e nos povos originĂĄrios.

Samara Pataxó disse que espaços para discussão do tema são uma forma de retomar o debate plural sobre a participação dessas pessoas na democracia do paĂ­s, uma vez que, segundo ela, os povos indĂ­genas do Brasil somente conquistaram a cidadania plena, no sentido normativo, após a Constituição Federal de 1988. "Antes disso, a condição de ser indĂ­gena era muito limitada e éramos tidos como relativamente incapazes na vida civil, o que implicava também o exercĂ­cio dos direitos polĂ­ticos. Desde então, o indĂ­gena se tornou um cidadão pleno, votando, se candidatando e exercendo seus direitos e deveres", lembra.

NĂșmeros

De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE), a população estimada de indĂ­genas no paĂ­s é de mais de 857 mil pessoas, sendo 305 povos e 274 lĂ­nguas diferentes. Nas eleições gerais de 2018, 133 indĂ­genas se candidataram aos cargos de governador, senador, deputado federal e deputado estadual e distrital. No pleito municipal de 2020, 2.216 candidatos indĂ­genas concorreram às prefeituras e às câmaras de vereadores do Brasil.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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