PREFEITURA SANTANA

Mais de 98% dos paulistanos adultos tĂȘm anticorpos contra covid-19

As amostras foram coletadas no perĂ­odo de 31 de março a 9 de abril

Por Redação em 17/05/2022 às 23:57:45

A oitava e Ășltima etapa do Inquérito Soroepidemiológico Seriado para Monitorar a PrevalĂȘncia da Infecção por SARS-CoV-2 no municĂ­pio de São Paulo (SoroEpi MSP) mostrou que 98,2% da população adulta paulistana jĂĄ tem anticorpos contra o vĂ­rus da covid-19. As amostras foram coletadas no perĂ­odo de 31 de março a 9 de abril.

O projeto, que monitorou a frequĂȘncia de indivĂ­duos com anticorpos contra o novo coronavĂ­rus, foi uma colaboração entre cientistas e médicos com financiamento do Grupo Fleury, Ipec – InteligĂȘncia em Pesquisa e Consultoria, Instituto Semeia e Todos pela SaĂșde.

"Desde que a vacinação continue no ritmo atual, é provĂĄvel que a pandemia na cidade de São Paulo continue em trajetória descendente, mas não em nĂșmero de casos, que ainda vão subir vĂĄrias vezes. Para os epidemiologistas, normalmente, deverão ocorrer de dois a trĂȘs picos por ano", disse o biólogo Fernando Reinach, um dos responsĂĄveis pelo projeto. Segundo Reinach, a trajetória é descendente no sentido de não haver hospitais superlotados, grande de pessoas internadas, nem grande nĂșmero de mortes.

O trabalho revelou que 79,1% dos paulistanos adultos jĂĄ se infectaram com a doença. Na etapa anterior, o percentual era de 52,8%. Sobre este dado, que identifica a presença de anticorpos contra a nucleoproteĂ­na do vĂ­rus, a pesquisa mostrou que hĂĄ mais casos entre a população de baixa renda. Enquanto 72% dos paulistanos de maior renda contraĂ­ram o vĂ­rus, 84,7% dos que tĂȘm menor renda foram infectados.

"Visto desde a Fase 2, esse resultado permaneceu. As pessoas que moram nas regiões mais pobres da cidade tĂȘm mais dificuldade de se proteger contra o vĂ­rus, são obrigadas a viver onde a infecção é mais fĂĄcil. A diferença foi diminuindo, variou, mas existiu desde o começo", acrescentou Reinach.

O estudo indica ainda que 96,3% da população adulta tĂȘm anticorpos neutralizantes contra a variante original. Contra a variante Ômicron, são 83,1%. "Nossos resultados anteriores sempre mostraram que nossos nĂșmeros eram trĂȘs, quatro, cinco vezes maiores que o dos casos registrados, o que é de se esperar, porque tĂȘm muito caso assintomĂĄtico, ou com poucos sintomas, [em] que [a pessoa] não vai ao hospital. De praticamente 2 milhões que tem hoje [casos confirmados na cidade], são de pessoas testadas, que foram ao hospital", disse o biólogo.

Na etapa atual da pesquisa, 98,2% dos participantes disseram ter tomado pelo menos a primeira dose da vacina contra a covid-19 e 91% afirmaram ter recebido duas ou trĂȘs doses do imunizante. O percentual de pessoas que não tomaram nenhuma dose é 1,8%. Para Reinach, a missão dos governos agora deve ser diminuir ainda mais o percentual e elevar todo mundo para pelo menos trĂȘs doses.

Metodologia

A metodologia aplicada no estudo dividiu a cidade em dois segmentos, com distritos de maior renda e de menor renda, esses estratos representam, cada um, metade da população adulta residente no municĂ­pio.

Os nĂ­veis de anticorpos anti SARS-CoV-2 (IgG e IgM) foram medidos usando um método de quimioluminescĂȘncia, da marca Abbott Architect, e um segundo teste de eletroquimioluminescĂȘncia, Ig total), do laboratório Roche. Os anticorpos neutralizantes, por sua vez, foram medidos usando o teste cPass SARS-CoV-2 Neutralization Antibody Kit, da Genzyme Inc.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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