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São Paulo tem campanha para prevenção do câncer de bexiga

O mĂȘs foi escolhido por ser o mesmo perĂ­odo em que ocorre a mobilização contra o tabaco, jĂĄ que o tabagismo estĂĄ relacionado diretamente ao aparecimento da doença

Por Redação em 18/05/2022 às 00:49:34

A Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo (SBU-SP) promove, durante todo este mĂȘs, a campanha Maio Vermelho para alerta e prevenção do câncer de bexiga. A iniciativa, feita nas redes sociais, visa orientar e conscientizar a população para que, caso os sintomas apareçam, a pessoa procure atendimento médico o quanto antes.

O mĂȘs foi escolhido por ser o mesmo perĂ­odo em que ocorre a mobilização contra o tabaco, jĂĄ que o tabagismo estĂĄ relacionado diretamente ao aparecimento da doença.

De acordo com o urologista e membro da SBU-SP Fabrizio Messetti, a doença é agressiva e acomete tanto mulheres quanto homens, mas com incidĂȘncia quatro vezes maior entre os homens.

O principal sintoma é o sangramento visĂ­vel na urina. "Geralmente, é um sangramento que não dói, que não tem nenhum fator de causa e é um sangue vivo. Não que esse sangue seja exclusivamente o câncer de bexiga, mas pode se tratar de um", explicou.

Para obter o diagnóstico, a pessoa faz um exame de imagem, preferencialmente a tomografia abdominal com contraste, por meio do qual é possĂ­vel identificar a maior parte dos tumores de bexiga. "Para evoluir um pouco no diagnóstico, fazemos a cistoscopia, que é uma câmera inserida no canal da uretra para olhar dentro da bexiga e identificar a lesão. Também fazemos biópsia", explicou o médico.

Tumor

Para ele, a chance de cura depende do estĂĄgio em que se descobre o tumor. Se ele for não invasivo, que não tenha atingido o mĂșsculo do órgão, as chances são bem mais altas, porque se tratado corretamente esse tipo de tumor não tende a evoluir. "O Ășnico problema é que esses tumores podem voltar, então temos que fazer o acompanhamento com exame de imagem e tomografia e cistoscopia", afirmou.

No caso dos tumores invasivos, a opção é fazer uma cirurgia radical, com a retirada de todo o órgão. "Nessa situação, a cura é por volta de 70% dos pacientes", disse Messetti. Em alguns casos, consegue-se, com um aparelho endoscópico, ressecar o tumor e, posteriormente, o indicado é fazer o tratamento com quimioterapia e radioterapia.

Ele destacou que o principal fator de risco para o aparecimento do câncer de bexiga é o tabagismo, sendo que 70% dos tumores ocorrem em pessoas que fumam. O paciente que fuma tem de trĂȘs a cinco vezes mais chances de desenvolver a doença.

"Lógico que isso depende também da quantidade de cigarros que ele consome. Então, quando falamos de câncer de bexiga é importante também aderirmos às campanhas contra o tabagismo, estimulando a população a parar de fumar", declarou.

Cigarro

Massetti explicou que o cigarro tem vĂĄrios componentes que induzem ao câncer. Depois que o indivĂ­duo fuma e os carcinógenos caem na corrente sanguĂ­nea, eles passam pelo rim e são depositados na bexiga. "A parte interna da bexiga fica em contato Ă­ntimo com esses agentes cancerĂ­genos por mais tempo, porque ficam armazenados até a pessoa urinar", acentuou.

Sabe-se, ainda, que esse o câncer de bexiga atinge principalmente pessoas na terceira idade, com aumento da incidĂȘncia depois dos 50 anos, mas os mais acometidos são aqueles entre 65 e 70 anos, porque esses, provavelmente, ficaram por muito tempo em contato com esses cancerĂ­genos que um dia evoluem para o câncer.

"Naqueles que não fumam pode haver uma parte genética que pode influenciar ou pode haver um problema de contaminação profissional em pessoas que trabalham em fĂĄbricas de componentes quĂ­micos, como tintas e petróleo. A recomendação é a de manter hĂĄbitos saudĂĄveis e ter alimentação adequada", finalizou.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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