PREFEITURA SANTANA

Senado aprova MP do programa de serviço voluntĂĄrio

O Senado aprovou hoje (25) a Medida Provisória (MP) 1.099/2022, que cria o Programa Nacional de Serviço Civil VoluntĂĄrio

Por Redação em 25/05/2022 às 21:53:41

O Senado aprovou hoje (25) a Medida Provisória (MP) 1.099/2022, que cria o Programa Nacional de Serviço Civil VoluntĂĄrio. O programa oferece cursos de capacitação profissional, além de vagas de trabalho em troca de pagamento de bolsa. O texto jĂĄ havia passado pela Câmara, onde sofreu alterações. Agora, segue para sanção presidencial.

Quando editou a MP, no fim de janeiro, o governo pretendia capacitar jovens que estão fora do mercado de trabalho. O programa é voltado para quem tem de 18 a 29 anos, trabalhadores com mais de 50 anos e pessoas com deficiĂȘncia que estejam fora do mercado de trabalho hĂĄ mais de dois anos.

Na prĂĄtica, ele oferece cursos de qualificação, em atividades de interesse pĂșblico nos municĂ­pios participantes. Também serão oferecidas vagas em serviços considerados de interesse pĂșblico.

O pĂșblico do programa receberĂĄ auxĂ­lio financeiro a tĂ­tulo de bolsa, além de seguro contra acidentes pessoais e vale-transporte ou outra forma de transporte gratuito.

Segundo o texto que chegou no Senado, os participantes que ficarem mais de um ano no programa terão direito um recesso de 30 dias, sem prejuĂ­zo de recebimento da bolsa.

O pĂșblico prioritĂĄrio é composto de beneficiĂĄrios de programas de transferĂȘncia de renda e os pertencentes à famĂ­lia de baixa renda. A inclusão de pessoas com deficiĂȘncia no pĂșblico-alvo foi feita na Câmara e não estava na MP original.

Outra mudança estĂĄ na duração do programa. O governo definiu até o final deste ano, mas os deputados mudaram para para 24 meses a contar da publicação da futura lei.

"Importante ressaltar que o Brasil possui mais de 5,5 mil municĂ­pios, que poderão ofertar vagas de interesse pĂșblico e qualificação profissional para milhares de brasileiros em situação de vulnerabilidade e que receberão auxĂ­lio pecuniĂĄrio de natureza indenizatória a tĂ­tulo de bolsa", afirmou o relator da MP no Senado, Mecias de Jesus (Republicanos-RR).

CrĂ­ticas

A aprovação do projeto não foi unânime no plenĂĄrio do Senado. Zenaide Maia (Pros-RN) foi uma das crĂ­ticas. Para ela, o texto é uma forma de contratar mão de obra sem vĂ­nculo empregatĂ­cio.

"Na verdade, isso é mais uma reforma trabalhista, dando o direito de contratar precariamente. Ou gera emprego e renda de verdade ou vai ficar usando os mais vulnerĂĄveis, porque vão aceitar qualquer situação".

Outros senadores seguiram o mesmo raciocĂ­nio de Zenaide, como Paulo Rocha (PT-PA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Apoio

JĂĄ Eduardo Girão (Podemos-CE) defendeu a MP. Para ele, ela atende as necessidades de um paĂ­s com um grande nĂșmero de desempregados.

"A gente estĂĄ num momento de 13 milhões de desempregados no Brasil, muita angĂșstia pras pessoas. Eu vejo que ela [a MP] atende quem estĂĄ precisando neste momento, e desburocratiza. Eu só vejo com bons olhos, tanto que instituições importantes apoiam esse projeto".

Eduardo Braga (MDB-AM) teve o mesmo entendimento que o colega. Carlos FĂĄvaro (PSD-MT) foi outro a apoiar a MP. "Muito pior que o subemprego é o não emprego, é a fome. É o pai de famĂ­lia não ter dignidade para levar comida para sua famĂ­lia".

O PT apresentou emenda, com votação em separado, na tentativa de incluir mais direitos trabalhistas, estabelecendo um tipo de vĂ­nculo mais sólido entre trabalhadores e o municĂ­pio, empregador. Mas a emenda foi rejeitada em plenĂĄrio.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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