PREFEITURA SANTANA

Câmara aprova texto-base de projeto que limita ICMS dos combustĂ­veis

O texto, de origem na Câmara, passou pelo Senado e sofreu alterações, por isso, voltou à Câmara

Por Redação em 14/06/2022 às 23:21:33

A Câmara dos Deputados aprovou hoje (14) o texto-base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a aplicação de alĂ­quota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustĂ­veis. O texto, de origem na Câmara, passou pelo Senado e sofreu alterações, por isso, voltou à Câmara.

Os deputados devem analisar amanhã (15), pela manhã, destaques a trechos de algumas emendas incluĂ­das pelos senadores. A anĂĄlise desses destaques começou a ser discutida na sessão de hoje, mas um problema técnico impediu a abertura do resultado das votações no painel do plenĂĄrio. Por isso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu encerrar a sessão e retomar a votação no dia seguinte. Após a conclusão dessa etapa, o texto seguirĂĄ para sanção presidencial.

O projeto afeta a alĂ­quota do ICMS para gĂĄs natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Segundo a proposta, esses produtos seriam classificados como essenciais e indispensĂĄveis, levando à fixação da alĂ­quota do ICMS em um patamar mĂĄximo de 17%, inferior à praticada pelos estados atualmente. O PLP também prevĂȘ a compensação da União às perdas de receita dos estados quando a perda de arrecadação ultrapassar 5%.

O texto também reduz a zero, até 31 de dezembro de 2022, as alĂ­quotas de Cide-CombustĂ­veis e a tributação de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre a gasolina. O diesel e o gĂĄs de cozinha jĂĄ tĂȘm esses tributos zerados.

Compensação

Todos os deputados aprovaram as emendas vindas do Senado, ressalvados os destaques. Os deputados da oposição apoiaram o novo texto, principalmente por causa de uma emenda que garante recursos para o Fundo de Manutenção da Educação BĂĄsica (Fundeb). Essa emenda prevĂȘ que, se os estados e municĂ­pios perderem recursos em função da lei, a União vai compensĂĄ-los para que os atuais nĂ­veis do Fundeb sejam mantidos. A aprovação dessa emenda impede que o Fundeb perca recursos com a redução da arrecadação do ICMS. O fundo tem receitas vinculadas à arrecadação desse imposto.

Assim como o Fundeb, a ĂĄrea da saĂșde, outro recurso carimbado, terĂĄ os repasses garantidos mesmo que haja perda de arrecadação dos estados. Recursos carimbados são aqueles com destinação definida, sem possibilidade de redirecionamento para outras ĂĄreas.

Os deputados da base do governo preferiram atacar a arrecadação dos estados. Segundo eles, os estados tĂȘm tido arrecadação recorde com o ICMS, dentre outros impostos, e precisam dar sua cota de sacrifĂ­cio para ajudar na redução do preço dos combustĂ­veis e do gĂĄs de cozinha.

Mesmo defendendo e aprovando o texto aprovado pelos senadores, os oposicionistas criticaram o argumento de que o PLP é a melhor saĂ­da para reduzir o preço dos combustĂ­veis. Eles citaram que a atual polĂ­tica de preços da Petrobras, vinculada ao preço internacional do barril de petróleo e o valor do dólar, é a verdadeira responsĂĄvel pelos brasileiros pagarem mais de R$ 7 o litro da gasolina. Essa polĂ­tica de preços é praticada desde 2017.

Impacto nos preços

Na semana passada, quando o texto era discutido no Senado, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), relator da matéria na Casa, afirmou que, se aprovado, o PLP poderia derrubar em R$ 1,65 o preço da gasolina e em R$ 0,76 o preço do diesel. No entanto, destacou que os preços poderiam apenas "não subir muito mais", a depender do cenĂĄrio internacional, que influencia no preço do barril de petróleo e na valorização do dólar frente ao real.

"Não estamos tabelando preço. Tem uma guerra na Ucrânia, a RĂșssia é responsĂĄvel por 25% da produção de diesel no mundo, os preços estão tensionados. É evidente que pode haver elevação de preços. Mas, mesmo que haja, isso vai ajudar a não subir muito mais do que subiria", disse, na ocasião.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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