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FarmacĂȘuticos apontam falta de remĂ©dios nas redes pĂșblica e privada

Foram ouvidos 1.152 farmacĂȘuticos em todo o estado entre os dias 19 e 30 de maio

Por Redação em 21/06/2022 às 21:03:27

Quase todos os farmacĂȘuticos do estado de São Paulo relatam falta de remédios nos estabelecimentos onde trabalham. Levantamento do Conselho Regional de FarmĂĄcia do Estado de São Paulo revela que 98,5% dos profissionais apontam falta de medicamentos nas redes privada e pĂșblica de farmĂĄcias e estabelecimentos de saĂșde do estado.

Foram ouvidos 1.152 farmacĂȘuticos em todo o estado entre os dias 19 e 30 de maio. Dentre os profissionais, 82,8% atuam em estabelecimentos privados e 14,4% em unidades pĂșblicas ou em parceria com o sistema governamental. Trabalham em outros modelos, como entidades filantrópicas, 2,8%.

Entre os que atuam na rede particular, 899 trabalham em farmĂĄcias e drogarias, sendo que 893 disseram enfrentar falta de produtos nas prateleiras. A grande maioria (98,3%) dos 118 profissionais que trabalham em estabelecimentos vinculados diretamente ao Poder PĂșblico também denunciou falta de remédios.

Os medicamentos mais em falta são os antimicrobianos, com relatos de escassez por 93,4% dos farmacĂȘuticos. Os mucolĂ­ticos, para aliviar os sintomas de infecções respiratórias, estão em segundo lugar, com 76,5% dos profissionais afirmando que hĂĄ escassez desse tipo de produto. Os anti-histamĂ­nicos, usados para alergias, são remédios que faltam nos locais de trabalho de 68,6% dos profissionais, e os analgésicos, em 60,6%.

Falhas dos fornecedores

A maior razão para a falta dos medicamentos, segundo os profissionais, é a escassez no mercado, apontado como fator por 933 dos entrevistados. A alta inesperada da demanda foi mencionada por 561 dos profissionais ouvidos. Uma parte dos participantes (459) citou ainda falhas dos fornecedores e 222 disseram que os preços estão acima do razoĂĄvel.

Segundo o Conselho Regional de FarmĂĄcia, a maior parte dos medicamentos em falta é integrada por formulações lĂ­quidas, o que afeta em especial os pacientes pediĂĄtricos, que tĂȘm mais facilidade de ingerir os medicamentos dessa forma.

Ainda de acordo com a entidade, além das falhas logĂ­sticas que afetam diversas cadeias industriais em razão da pandemia de covid-19, a guerra na Ucrânia e as fortes restrições de circulação para conter os surtos de coronavĂ­rus na China também prejudicam o abastecimento de remédios.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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