PREFEITURA SANTANA

Presidente sanciona com vetos lei que previa compensações de ICMS

O despacho presidencial apresentando as justificativas para o veto foi publicado em edição extra do DiĂĄrio Oficial da União na noite desta quinta-feira (24)

Por Redação em 24/06/2022 às 20:42:43

O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que prevĂȘ um teto limitando o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre combustĂ­veis, energia elétrica, comunicações e transportes coletivos, itens que, segundo o texto, são considerados essenciais "para fins de tributação".

O despacho presidencial apresentando as justificativas para o veto foi publicado em edição extra do DiĂĄrio Oficial da União na noite desta quinta-feira (24).

Ao definir como essenciais esses itens, a nova lei não permite, às unidades federativas, cobrar taxas com percentual acima da alĂ­quota do referido imposto, que varia entre 17% e 18% – percentual inferior ao cobrado para os demais itens, considerados "supérfluos".

Entre os vetos feitos pelo presidente estĂĄ o artigo que garantia, aos entes da federação, uma compensação caso tivesse perda de recursos, causada pela própria Lei Complementar. O texto garantia a disponibilidade financeira para que "os mĂ­nimos constitucionais em saĂșde e em educação" – o que incluiria os recursos do Fundo de Manutenção da Educação BĂĄsica (Fundeb) – fossem mantidos.

Nas razões apresentadas pelo presidente Bolsonaro para o veto estĂĄ a de que a proposição contraria o interesse pĂșblico "ao permitir a criação de despesa pĂșblica de carĂĄter continuado, diferente das medidas temporĂĄrias aprovadas nos outros artigos da mesma proposição, bem como ao estabelecer que a União compensaria os entes da federação, sem prazo definido, para que os mĂ­nimos constitucionais da saĂșde e da educação e o Fundeb tivessem as mesmas disponibilidades financeiras na comparação com a situação em vigor antes da Lei Complementar".

Ainda segundo a justificativa apresentada, a proposição "criaria compensações para a União e despesas para os estados e municĂ­pios que poderiam ampliar possĂ­veis desequilĂ­brios financeiros".

Foi também vetado trecho de um artigo prevendo que estados e municĂ­pios transfeririam as "parcelas relativas à quota-parte do ICMS" na "proporção da dedução dos contratos de dĂ­vida com aval da União", bem como na proporção da parcela apropriada da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).

Entre as justificativas para o veto presidencial estĂĄ a de que a proposição legislativa "criaria compensações para a União de maior complexidade e de custo financeiro sem real efetividade, haja vista que, a despeito do ambiente de pandemia, nos Ășltimos dois anos foi observada melhora significativa na situação fiscal de estados e municĂ­pios, especialmente em decorrĂȘncia do crescimento da arrecadação de ICMS".

Fonte: EBC

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