PREFEITURA SANTANA

Morre no Rio, aos 93 anos, o ex-presidente da CĂąmara CĂ©lio Borja

Jurista presidiu também o Supremo Tribunal Federal

Por Redação em 28/06/2022 às 21:27:40

Aos 93 anos, morreu hoje (28), no Rio de Janeiro, vĂ­tima de pneumonia bacteriana, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-presidente da CĂąmara dos Deputados Célio Borja.

Natural do Rio de Janeiro, formou-se em direito em 1951 pela antiga Universidade do Estado da Guanabara, atual Uerj. Ligado à Igreja Católica foi integrante da Juventude UniversitĂĄria Católica e filiou-se à União DemocrĂĄtica Nacional (UDN). Borja foi eleito vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1948.

Célio Borja
Ex-presidente da CĂąmara e do STF Célio Borja, que morreu aos 93 anos, no Rio - CĂąmara dos Deputados/Direitos Reservados

Carreira

Nomeado assessor do governo Juscelino Kubitschek em 1959, trabalhou com o então ministro da Justiça, Adroaldo Mesquita da Costa. Após deixar o cargo, foi convidado pelo deputado federal Aliomar Baleeiro para ingressar na polĂ­tica.

Em 1962 foi suplente de deputado estadual pela UDN e convocado a exercer o mandato após a nomeação de Raimundo de Brito para a Secretaria de SaĂșde do Estado da Guanabara no governo Carlos Lacerda. Foi lĂ­der do governo na Assembleia Legislativa.

Após a Revolução de 31 de março de 1964, Borja ingressou na Arena, partido de sustentação dos governos militares. Foi eleito deputado federal pela antiga Guanabara em 1970 e 1974 e, a partir de 15 de março de 1975, por força de lei sancionada no governo Ernesto Geisel, chegou ao posto de lĂ­der da bancada arenista e de presidente da CĂąmara dos Deputados em fevereiro de 1975.

Foi fundador do Partido da Frente Liberal (PFL) e nomeado assessor especial pelo presidente José Sarney por um ano até ser indicado ministro do Supremo Tribunal Federal em 1986. Em 21 de maio de 1991, foi eleito presidente do STF exercendo o cargo de 21 de maio de 1991 a 1Âș de abril de 1992.

Aposentado por decreto de 31 de março de 1992, assumiu o Ministério da Justiça naquele mesmo ano, a convite do presidente Fernando Collor em 2 de abril. Uma vez no cargo, Borja acompanhou todo o processo que resultou no impeachment de Collor. Deixou o cargo em outubro de 1992, com a posse de Itamar Franco, retornando ao magistério e à advocacia.

Em nota, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, disse que a vida profissional de Célio Borja foi marcada por "caminhos diversos que o transformaram em um homem pĂșblico de grande relevĂąncia nacional: foi professor de direito constitucional, deputado estadual e deputado federal por trĂȘs legislaturas, chegando à presidĂȘncia da CĂąmara dos Deputados".

Velório

O velório de Célio Borja estĂĄ previsto para as 11h desta quarta-feira (29), no Cemitério da PenitĂȘncia, no Caju, zona portuĂĄria do Rio, onde o corpo serĂĄ cremado às 14h.

Edição: NĂĄdia Franco

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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