PREFEITURA SANTANA

Hospitalizações por covid-19 mantĂȘm tendĂȘncia de alta no Norte

A anĂĄlise foi divulgada hoje (3) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Boletim InfoGripe, que inclui dados atĂ© 30 de julho

Por Redação em 03/08/2022 às 21:13:31

A Região Norte ainda apresenta uma tendĂȘncia de alta na incidĂȘncia da sĂ­ndrome respiratória aguda grave (SRAG), cujas hospitalizações estão predominantemente associadas à covid-19 desde o inĂ­cio da pandemia, em 2020. A anĂĄlise foi divulgada hoje (3) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Boletim InfoGripe, que inclui dados até 30 de julho.

Segundo a Fiocruz, nas demais regiões somente os estados de Mato Grosso, Maranhão e PiauĂ­ ainda apresentam sinal claro de manutenção de crescimento, enquanto em Sergipe é possĂ­vel que a alta seja apenas uma oscilação.

O boletim InfoGripe tem explicado em suas Ășltimas edições que a segunda onda da variante Ômicron, causada por suas subvariantes, chegou primeiro ao Sudeste, Sul e Centro-Oeste, regiões em que também terminou primeiro. No Nordeste e no Norte, o inĂ­cio da onda de infecções começou quase 2 meses depois, o que também levou a descida da curva de casos a ocorrer mais tarde.

O pesquisador Leonardo Bastos explica que, apesar de o cenĂĄrio ser de tendĂȘncia de queda na maior parte do paĂ­s, o cenĂĄrio ainda requer atenção. "A gente ainda estĂĄ com indicadores de hospitalizações e óbitos [por SRAG] maiores que o perĂ­odo anterior à pandemia. JĂĄ caiu, mas ainda não o suficiente para falar que estĂĄ tranquilo".

Nas quatro Ășltimas semanas epidemiológicas, o Boletim InfoGripe mostra que oito em cada dez casos virais de SRAG foram causados pelo SARS-CoV-2. A prevalĂȘncia dos demais vĂ­rus foi de 1,9% para influenza A, 0,1% para influenza B, e de 5,6% para vĂ­rus sincicial respiratório (VSR).

Óbitos

O painel de dados Monitora Covid-19, também mantido pela Fiocruz, mostra que a média móvel de óbitos se manteve acima das 200 vĂ­timas diĂĄrias durante todo o mĂȘs de julho e continua nesse patamar no inĂ­cio de agosto.

O nĂșmero representa um aumento em relação a abril e maio, quando chegou ficou abaixo de 100 vĂ­timas em alguns dias. Para Leonardo Bastos, o platô estĂĄ relacionado à disseminação das subvariantes da Ômicron, que provocaram uma nova onda de infecções.

"O que a gente espera é que, com a queda das hospitalizações, haja uma queda nos óbitos mais pra frente, mas o quanto mais a frente não dĂĄ para saber", disse. "A gente espera que a queda nas hospitalizações no Sul e Sudeste se reflita nos óbitos daqui a pouco, daqui a algumas semanas", acrescentou.

O pesquisador explica que ainda é difĂ­cil mensurar o impacto do inverno durante a onda de casos causada pelas subvariantes, "porque a covid-19 ainda não possui um comportamento endĂȘmico descrito que pode ser tomado como base".

"A gente acredita que hĂĄ esse efeito climĂĄtico, porque o clima afeta o nosso comportamento, favorecendo a transmissão de vĂ­rus respiratórios. O inverno também contribui. Agora, o quanto é do inverno e o quanto é das novas variantes a gente não consegue separar ainda", disse o pesquisador.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

Comunicar erro

ComentĂĄrios

DETRAN AL