O candidato do PDT à PresidĂȘncia da RepĂșblica, Ciro Gomes, prometeu hoje (12) que, se eleito, irĂĄ propor uma nova lógica de atuação para as forças de segurança pĂșblica, intensificando os esforços federais de combate às organizações criminosas.
"Quem tem sensibilidade com a agenda do povo tem que fazer alguma coisa na segurança pĂșblica", disse Ciro ao participar, em São Paulo, de um evento organizado pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
Ex-governador do CearĂĄ, o candidato trabalhista disse que as facções criminosas assumiram o controle de parte das principais cidades brasileiras. "Hoje, o grande crime são as facções criminosas, que estabeleceram o terror nas periferias de todas as cidades", disse Ciro Gomes.
Ao criticar o montante de recursos orçamentĂĄrios que a União destina à segurança pĂșblica, Ciro disse que as forças estaduais são incapazes de, isoladamente, fazer frente ao poder das organizações criminosas.
"Por que a polĂcia local não resolve o problema? Porque o policial é um trabalhador; tem renda de trabalhador e, portanto, a famĂlia dele vive nas periferias. Então, para sobreviver, ele tem que estabelecer um certo pacto de convivĂȘncia com o [quadro de] terror que a facção estabeleceu [no local]", disse Ciro, reconhecendo que, nesse contexto, "uma fração" dos agentes pĂșblicos acaba se corrompendo.
"Mas [o problema] não é este, e sim que [parte dos policiais] precise fazer este pacto [de convivĂȘncia]", disse.
"Só quem tem capacidade de enfrentar isso é uma instituição de fora, ou seja, o poder central [o governo federal]. Por isso, vou federalizar o enfrentamento [em todas as instâncias: PolĂcia Federal; Ministério PĂșblico Federal; Justiça Federal e penitenciĂĄrias federais. Passa a ser federal o enfrentamento do crime organizado, da facção criminosa, do narcotraficante, do contrabando de armas", explicou Ciro Gomes.
"Para fazer isso, tenho que mudar o Orçamento e a lógica das polĂcias. O financiamento, [consigo] com a revogação do teto de gastos. E [a mudança da lógica] introduzindo tecnologia e inteligĂȘncia de forma massiva [no sistema operacional]. Modernamente, não se faz segurança entrando em favelas atirando para todos os lados. É preciso monitorar a movimentação de dinheiro", acrescentou Ciro.
"Assim [federalizando o combate ao crime organizado], eu vou na causa substantiva da violĂȘncia. E a violĂȘncia difusa, esta que assusta a classe média brasileira e todo mundo, o assalto, este não terĂĄ saĂda se não matarmos no nascedouro a grande fonte do crime, que são estas organizações criminosas", disse o candidato.
Edição: Fernando Fraga
Fonte: AgĂȘncia Brasil