PREFEITURA SANTANA

Ciro Gomes critica autonomia do Banco Central

Candidato à PresidĂȘncia concedeu entrevista a emissora de rĂĄdio baiana

Por Redação em 14/09/2022 às 21:00:08

O candidato do PDT à PresidĂȘncia da RepĂșblica, Ciro Gomes, voltou a criticar a autonomia do Banco Central. Segundo o pedetista, a autonomia técnica conferida à autarquia em fevereiro de 2021 é fruto do que ele classifica como "modelos econômicos e de governança polĂ­tica errados" ."Neste modelo, foi dada autonomia ao Banco Central. Ou seja, vocĂȘ pode eleger o presidente do Brasil, mas ele não manda mais nas autoridades [presidente e diretores da autarquia] que dizem [qual serĂĄ a] a taxa de juros [do paĂ­s]", disse Ciro Gomes ao ser entrevistado em um programa da rĂĄdio Metrópole, de Salvador (BA).

"Quando aumenta a taxa Selic, a cada 1%, [de acréscimo, a União passa a ter que tirar] R$ 40 bilhões [dos cofres pĂșblicos] por ano para entregar aos bancos, na forma de pagamento de juros", argumentou.

"No Brasil, a luta por emancipar o povo morreu. O negócio agora é anestesiar o sofrimento do povo com polĂ­tica social compensatória", disse Ciro Gomes, cujas propostas para um eventual governo preveem mudanças na condução da polĂ­tica econômica, como o fim do teto de gastos e alterações na polĂ­tica de preços da Petrobras.

Reeleição

Ainda durante a entrevista, Ciro Gomes disse estar se despedindo das eleições. Segundo o ex-governador do CearĂĄ, se eleito este ano, acabarĂĄ com a possibilidade de reeleição jĂĄ para o próximo pleito presidencial, em 2026. "E se eu não for eleito, chega para mim. Estou inteirando 65 anos. Devotei minha vida inteira a este paĂ­s. Não tenho fortuna; não tenho empresas; abri mão de trĂȘs aposentadorias; nunca fui processado e, às vezes, me pergunto, vale a pena? [Ver] a população brasileira votando em corruptos porque o sistema estĂĄ produzindo isso na cabeça do nosso povo. Vale a pena?"

Para o candidato, uma eventual vitória sua seria uma "revolução", jĂĄ que sua candidatura contraria interesses das elites econômicas e polĂ­ticas. "Quero ganhar, estou lutando para ganhar e só me darei por vencido às 17h30 do dia 2 de outubro", disse o candidato que também fez campanha nas ruas de Salvador antes de seguir para a capital sergipana, Aracaju, onde participarĂĄ de um ato esta tarde.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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