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TSE: vĂĄrias questões influenciam no ritmo da contagem dos votos

São mais de 496 mil boletins de urna chegando ao mesmo tempo

Por Redação em 29/10/2022 às 21:40:06

A ordem na divulgação da totalização dos votos das Eleições Gerais de 2022 segue um fluxo variĂĄvel. No primeiro turno, no dia 2 de outubro, o Brasil todo pôde perceber que os primeiros votos divulgados vinham das regiões Sul e Sudeste. Só algum tempo depois começaram a ser contabilizados os de parte do Centro-Oeste e, por fim, os votos dos estados das regiões Nordeste e Norte.

Segundo o secretĂĄrio de Tecnologia da Informação da Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , Julio Valente, essa situação, que se repete em todos os pleitos, é causada por variadas questões de logĂ­stica na transmissão dos votos a partir de cada uma das 27 unidades da Federação. Devido ao volume de informação que é recebida pelo TSE ao mesmo tempo, os votos do Norte do paĂ­s acabam chegando a BrasĂ­lia por Ășltimo e, por isso, aguardam numa "fila" para serem processados.

O secretĂĄrio explica que trĂȘs fatores podem ocasionar lentidão na transmissão dos dados das urnas eletrônicas para a totalização no TSE. O primeiro deles é a quantidade de cargos sendo votados – o que implica mais tempo do eleitor diante da urna eletrônica – e a existĂȘncia de filas de eleitores que ainda não votaram na seção eleitoral depois das 17h, quando, em tese, a votação é encerrada.

Nesses casos, a norma eleitoral determina que sejam distribuĂ­das senhas e que a votação continue até que a Ășltima pessoa na fila vote. Só então é que a urna eletrônica é finalizada, o Boletim de Urna é impresso e a mĂ­dia de resultado é retirada para que os dados sejam transmitidos para a Justiça Eleitoral.

O segundo motivo estĂĄ ligado ao fato de que em muitas localidades distantes dos grandes centros surge o problema das limitações de infraestrutura de telecomunicação. E essa é uma situação recorrente, sobretudo em regiões mais pobres nos estados das regiões Norte e Nordeste e em partes do Centro-Oeste. A problemĂĄtica envolve a capacidade de processamento do computador disponĂ­vel na localidade para a transmissão dos dados, bem como a estabilidade e a velocidade da rede de dados local na conexão com a rede privativa da Justiça Eleitoral.

De acordo com Julio Valente, essa dificuldade costuma ser contornada pelo transporte do mesĂĄrio até um ponto de transmissão da Justiça Eleitoral, o que leva tempo, ou pela utilização de um telefone via satélite em ĂĄreas remotas, como aldeamentos indĂ­genas.

Milhares de boletins de urna

O terceiro fator para eventual demora no processamento dos votos na totalização das eleições jĂĄ ocorre em BrasĂ­lia, no Centro de Processamento de Dados (CPD) do TSE. "Esses dados, ao chegarem ao CPD da Justiça Eleitoral, entram em uma estrutura semelhante a uma "fila de banco"", explica Valente. Assim, os dados dos estados que lidam com contingĂȘncias de infraestrutura informacional acabam chegando ao TSE depois dos das regiões Sul e Sudeste, que conseguiram fazer a transmissão mais facilmente. Por isso, ficam aguardando numa "fila" para serem, enfim, processados e totalizados.

Para que essa fila se forme, segundo Valente, não demora muito. Isso porque, nesse momento, o TSE estĂĄ recebendo um volume enorme de transmissões – de mais de 496 mil Boletins de Urna – ao mesmo tempo. "Como tudo chega no TSE ao mesmo tempo e na mesma estrutura de dados, às vezes, 30 segundinhos que se leve para conectar depois da votação jĂĄ são suficientes para que tenham entrado mais de 50 mil Boletins de Urna na frente", enfatiza.

*Com informações do TSE

Edição: Nira Foster

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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