PREFEITURA SANTANA

PEC da Transição custarĂĄ entre R$ 170 bi e R$ 175 bi, diz senador

Opção por mecanismo foi definida após reunião entre Lula e Lira

Por Redação em 10/11/2022 às 17:57:28

A proposta de emenda à Constituição (PEC) que manterĂĄ o valor mĂ­nimo do Bolsa FamĂ­lia em R$ 600 custarĂĄ entre R$ 170 bilhões a R$ 175 bilhões no Orçamento de 2023, disse hoje (9) o senador Omar Aziz (PSD-AM). O parlamentar informou o valor após participar da reunião do presidente eleito, Luiz InĂĄcio Lula da Silva, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

"Acho que, como houve um compromisso dos dois candidatos ao PalĂĄcio do Planalto, Lula e [Jair] Bolsonaro em relação a manter o Bolsa FamĂ­lia em R$ 600, e o presidente Lula foi além, com os R$ 150 por filho, e tem outras questões, eu acho que em torno de R$ 170, R$ 175 bilhões o valor dessa PEC, se não houver emenda ou coisa parecida", disse Aziz. O parlamentar informou que a conta inclui o aumento real (acima da inflação) para o salĂĄrio mĂ­nimo no próximo ano.

Mais cedo, o senador Humberto Costa (PT-PE) havia afirmado que a PEC teria impacto de R$ 150 bilhões a R$ 175 bilhões. O parlamentar deu a informação ao chegar nesta tarde ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB0, onde funciona o gabinete de transição para o futuro governo.

De acordo com o parlamentar, o objetivo é retirar todo o programa social do teto federal de gastos. "A PEC deve garantir o Bolsa FamĂ­lia todo", disse Costa. Ele, no entanto, não esclareceu se a diferença entre os R$ 150 bilhões e os 170 bilhões viria do aumento do salĂĄrio mĂ­nimo acima da inflação.

Caso a PEC retire todo o programa social do teto de gastos, sairão do teto de gastos R$ 105 bilhões previstos no Orçamento de 2023 para manter o valor médio de R$ 405 para o atual AuxĂ­lio Brasil. O restante virĂĄ da elevação do valor mĂ­nimo para R$ 600, para o pagamento do adicional de R$ 150 para famĂ­lias com crianças de até 6 anos e para um eventual reajuste real do salĂĄrio mĂ­nimo.

Confirmação

A opção por encaminhar uma PEC para retirar o Bolsa FamĂ­lia do teto de gastos e liberar dinheiro para saĂșde, educação e obras pĂșblicas foi confirmada no fim da manhã pelo lĂ­der do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG). Ele deu a informação após acompanhar a reunião entre Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira.

"O caminho: o presidente Lula tem preferĂȘncia pela PEC. E agora [o vice-presidente eleito] Geraldo Alckmin e [o ex-ministro AloĂ­zio] Mercadante, e nós juntos, vamos construir uma próxima reunião para a gente apresentar e detalhar o texto da PEC", disse Lopes a jornalistas após o encontro, que ocorreu na residĂȘncia oficial do presidente da Câmara. A outra opção seria a edição de uma medida provisória com créditos extraordinĂĄrios (fora do teto de gastos), mas a alternativa enfrenta incertezas jurĂ­dicas.

Edição: Maria Claudia

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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