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Covid-19: infectologistas defendem volta das mĂĄscaras e mais vacinação

Objetivo Ă© evitar que tendĂȘncia atual de aumento de casos continue

Por Redação em 11/11/2022 às 21:35:53

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) defendeu, nesta sexta-feira (11), o incremento da vacinação, a volta do uso de mĂĄscaras e outras medidas para evitar que o cenĂĄrio atual de alta nos casos de covid-19 traga um possĂ­vel aumento de internações, superlotação nos hospitais e mais mortes no futuro.

A entidade divulgou nota técnica de alerta, elaborada por seu ComitĂȘ CientĂ­fico de Covid-19 e Infecções Respiratórias e assinada pelo presidente da SBI, Alberto Chebabo.

"Pelo menos em quatro estados da federação, jĂĄ se verifica com preocupação uma tendĂȘncia de curva em aceleração importante de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2 quando comparado com o mĂȘs anterior", diz o texto, baseado nos dados divulgados ontem (10) no Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz.

A SBI alerta que o cenĂĄrio é decorrente da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes e pede que o Ministério da SaĂșde, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de SaĂșde (Conitec) e a AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) tenham atenção especial às medidas sugeridas.

O primeiro ponto levantado pela sociedade cientĂ­fica é que é preciso incrementar as taxas de vacinação contra a covid-19, principalmente nas diferentes doses de reforço. A SBI avalia que as coberturas se encontram, todas, em nĂ­veis ainda insatisfatórios nos pĂșblicos-alvo.

Os infectologistas recomendam também garantir a aquisição de doses suficientes de vacina para imunizar todas as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, independente da presença de comorbidades. Até o momento, a vacinação da faixa de 6 meses a 3 anos ainda estĂĄ restrita a crianças com comorbidades, e o Ministério da SaĂșde iniciou ontem (10) a distribuição de 1 milhão de doses de vacinas destinadas a elas.

A SBI também pede a rĂĄpida aprovação e acesso às vacinas covid-19 bivalentes de segunda geração, atualizadas com as novas variantes, que estão atualmente em anĂĄlise pela Anvisa. Procurada pela AgĂȘncia Brasil, a agĂȘncia respondeu que os processos estão em fase final de anĂĄlise, e é esperado que a deliberação ocorra em breve, embora não haja uma data fixada para isso.

"A AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria continua trabalhando na anĂĄlise dos pedidos de uso emergencial das novas versões de vacina contra a covid-19 do laboratório Pfizer contendo as subvariantes BA.1 e BA.4 /BA.5. Os processos passaram pelas etapas de anĂĄlise dos dados submetidos à agĂȘncia, questionamentos da agĂȘncia e esclarecimentos dos fabricantes, bem como discussão com sociedades médicas brasileiras. A equipe técnica da agĂȘncia jĂĄ recebeu os pareceres de especialistas das sociedades médicas sobre ambas as vacinas bivalentes da Pfizer", detalhou a Anvisa.

O quarto ponto levantado pelos infectologistas é a necessidade de disponibilizar nas redes pĂșblica e privada as medicações jĂĄ aprovadas pela Anvisa para o tratamento e prevenção da covid-19, como o paxlovid e o molnupiravir, medida que ainda não se concretizou após mais de seis meses da licença para esses fĂĄrmacos no Brasil, ressalta a SBI. A AgĂȘncia Brasil perguntou ao Ministério da SaĂșde se essas medicações jĂĄ estão disponĂ­veis, mas não recebeu resposta até o fechamento desta reportagem.

O quinto ponto diz respeito às medidas de prevenção chamadas não farmacológicas. A SBI defende a volta do uso de mĂĄscaras e do distanciamento social para evitar situações de aglomeração, principalmente pela população mais vulnerĂĄvel, como idosos e imunossuprimidos.

A SBI pede que as medidas sugeridas sejam tomadas com brevidade, para otimizar as tecnologias de prevenção e tratamento jĂĄ disponĂ­veis e reduzir a chance de um possĂ­vel impacto futuro de óbitos e superlotação dos serviços de saĂșde pĂșblicos e privados por casos graves de covid-19.

Edição: NĂĄdia Franco


Fonte: AgĂȘncia Brasil

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