O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ampliou em 5% os valores mĂnimos para venda e financiamento de imóveis pelo programa Casa Verde e Amarela, com exceção de BrasĂlia, do Rio de Janeiro e de São Paulo. Nesses locais, os atuais limites do programa foram mantidos. Também não houve mudança nos limites mĂĄximos dos imóveis para habitação popular.
Em reunião extraordinĂĄria nesta sexta-feira (16), o conselho prorrogou, por seis meses, as atuais taxas de juros cobradas do grupo 3 do Casa Verde e Amarela e da linha Pró-Cotistas. Os juros cobrados desses pĂșblicos, entre 7,66% a 8,16% ao ano, vão valer até 30 de junho de 2023.
O Grupo 3 do Casa Verde e Amarela beneficia mutuĂĄrios que ganham entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil por mĂȘs, a faixa de renda mais elevada do programa. O Pró-Cotista concede financiamentos com recursos do FGTS a quem não tem acesso ao Casa Verde e Amarela.
As medidas foram propostas pelo Ministério do Desenvolvimento Regional sob a justificativa de que um terço dos imóveis construĂdos para o pĂșblico do Casa Verde e Amarela precisou ser destinado a outros pĂșblicos por causa de dificuldades na comercialização, principalmente fora do eixo BrasĂlia, Rio e São Paulo. O representante da pasta, o conselheiro Helder Lopez Cunha Silva, reconheceu que a mudança precisava ser mais estrutural.
O Ășnico conselheiro que não votou a favor da mudança foi o representante da Federação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, Abelardo Diz. Segundo ele, as mudanças não atingem os objetivos propostos.
O aumento de 5% nos valores dos imóveis cobre menos da metade da variação do Ăndice Nacional de Custo da Construção (INCC), que acumula 11% nos Ășltimos 15 meses, quando houve a Ășltima atualização dos valores das habitações financiadas via FGTS.
* Colaborou Lucas Pordeus Leon da RĂĄdio Nacional
Edição: FĂĄbio Massalli
Fonte: EBC