PREFEITURA SANTANA

Lula anuncia mais 16 ministros da futura gestão

Antes do anĂșncio, equipe apresentou relatório final da transição

Por Redação em 22/12/2022 às 14:28:49

O presidente eleito Luiz InĂĄcio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira (22) 16 ministros para o próximo governo. Até o momento, jĂĄ tinham sido anunciados Fernando Haddad, na Fazenda; Rui Costa, na Casa Civil; FlĂĄvio Dino, na Justiça e Segurança PĂșblica; José MĂșcio, na Defesa; Mauro Vieira, na Relações Institucionais. A cantora Margareth Menezes jĂĄ havia informado que aceitou o convite para o Ministério da Cultura, que serĂĄ recriado.

Segundo Lula, na próxima semana serão anunciados outros 16 ministros. As informações foram divulgadas após entrega do relatório final da equipe de transição pelo coordenador-geral, o vice-presidente eleito Geraldo Alckimin, que assumirĂĄ o Ministério do Desenvolvimento, IndĂșstria e Comércio.

Ao todo, serão 37 ministérios na gestão do governo eleito conforme havia sido informado pelo futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Ministério anunciados hoje:

  • Advocacia-Geral da União (AGU): Jorge Messias (procurador da Fazenda Nacional);
  • Controladoria-Geral da União (CGU): VinĂ­cius Marques de Carvalho (Advogado e professor de direito comercial da USP. Ex-presidente do Cade);
  • Ministério da CiĂȘncia, Tecnologia e Inovação: Luciana Santos (presidente do PCdoB);
  • Ministério da Cultura – Margareth Menezes (cantora);
  • Ministério do Desenvolvimento, IndĂșstria, Comércio e Serviços: Geraldo Ackmin (vice-presidente eleito);
  • Ministério do Desenvolvimento Social, AssistĂȘncia, FamĂ­lia e Combate à Fome: Wellington Dias (ex-governador do PiauĂ­);
  • Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania: SĂ­lvio Luiz Almeida (Professor da Universidade de Columbia (EUA) e Fundação Getulio Vargas)
  • Ministério da Educação - Camilo Santana (ex-governador do CearĂĄ);
  • Ministério da Gestão e Inovação em Serviços PĂșblicos: Ester Dweck (Professora Associada do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro)
  • Ministério da Igualdade Racial: Anielle Franco (professora);
  • Ministério das Mulheres: Cida Gonçalves (ex-secretĂĄria Nacional da ViolĂȘncia contra a Mulher);
  • Ministério de Portos e Aeroportos: MĂĄrcio França (ex-governador de São Paulo);
  • Ministério da SaĂșde: NĂ­sia Trindade (presidente da Fiocruz);
  • Ministério do Trabalho e Emprego: Luiz Marinho (ex-prefeito de São Bernardo-SP);
  • Secretaria-Geral: MĂĄrcio Macedo (deputado federal PT-SE);
  • Secretaria de Relações Institucionais: Alexandre Padilha (deputado federal PT-SP)

Relatório de transição

A equipe de transição também apresentou o relatório final sobre o governo federal. Lula comentou o documento (leia aqui a Ă­ntegra) que serĂĄ entregue aos parlamentares e à sociedade brasileira para informar o cenĂĄrio do paĂ­s que serĂĄ entregue pelo atual presidente, Jair Bolsonaro.

"Recebemos esse governo em uma situação de penĂșria, situação irresponsĂĄvel, porque o presidente preferia contar mentiras no cercadinho do que governar esse paĂ­s", disse.

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckimin, afirmou que o relatório de transição aponta para um "retrocesso em muitas ĂĄreas". O levantamento reĂșne informações de 32 grupos de trabalho, que tiveram participação de cerca de 5 mil voluntĂĄrios e 14 partidos polĂ­ticos. Segundo ele, apenas 23 pessoas foram nomeadas para atuar diretamente na transição.

"Infelizmente, nós tivemos um retrocesso em muitas ĂĄreas. O governo federal andou para trĂĄs. O estado que o presidente Lula recebe é muito mais difĂ­cil e mais triste do que anteriormente. Na educação, tivemos um enorme retrocesso, queda na aprendizagem, a evasão escolar aumentou, recursos essenciais para merenda escolar ficaram congelados em R$ 0,36. Tivemos quase um colapso dos institutos federais e das universidades", disse Alckmin.

O vice-presidente eleito destacou que a polĂ­tica armamentista do atual governo provocou aumento da violĂȘncia contra as mulheres. Segundo ele, a distribuição de armas levou a um recorde de mortes de mulheres. "Nos Ășltimos seis meses tivemos 700 mortes por feminicĂ­dio provocadas por armas de fogo", disse.

O relatório apontou ainda para a redução de 95% no estoque de arroz da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estoque de alimentos pela instituição é uma forma usada pelo governo federal para regular preços de mercado.

"Essa redução acabou levando ao aumento do preço de alimentos, o que agravou a insegurança alimentar", apontou.

Outro ponto destacado por Alckmin foi a alocação de R$ 2 milhões para a Defesa Civil na atuação de desastres em todo paĂ­s. Além disso, afirmou que 93% das rodovias federais estão sem contrato de manutenção e prevenção. Atualmente, segundo o relatório, são 14 mil obras paralisadas em todo paĂ­s.

"Isso não é austeridade, é ineficiĂȘncia de gestão. É uma tarefa hercĂșlea que vem pela frente", argumentou.

Em relação ao desmatamento na região da Amazônia, o levantamento aponta para aumento de 59% entre os anos de 2019 e 2022. Nas Ășltimas semanas, foi registrado um acréscimo de 1226% nas queimadas em florestas. "É uma devastação nas florestas, não por agricultores, mas por grileiros. É um grande desafio", acrescentou.

PEC da Transição

Antes do anĂșncio, o presidente eleito agradeceu os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de lĂ­deres partidĂĄrios, pela aprovação da PEC da Transição.

"É a primeira vez que o presidente da RepĂșblica toma posse e começa a governar antes da posse. A PEC é para cobrir a irresponsabilidade de um governo que não deixou orçamento para cumprir uma promessa que ele mesmo fez", disse. Para Lula, a aprovação da PEC foi uma demonstração de solidariedade ao povo mais pobre desse paĂ­s.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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