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PSOL protocola representação contra Damares por crise dos yanomami

Sigla alega que enquanto foi ministra, perpetuou "polĂ­tica de morte"

Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília em 09/02/2023 às 21:24:35
© Fernando Frazão/Agência Brasil

© Fernando Frazão/Agência Brasil

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados quer que a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) responda no Conselho de Ética do Senado sobre a crise humanitĂĄria vivida pelos yanomami. Nesta quinta-feira (9) a sigla, que não elegeu nenhum senador, protocolou uma representação contra a parlamentar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa.

Segundo o documento, assinado pelo presidente da legenda, Juliano Medeiros, enquanto esteve à frente da pasta da Mulher, FamĂ­lia e Direitos Humanos, no governo do ex-presidente Jair Boslonaro, Damares utilizou a mĂĄquina pĂșblica para promover uma polĂ­tica "etnocida e racista" contra os povos originĂĄrios, em especial os yanomami.

"Em vez de promover uma ação articulada em defesa da vida, agiu com descaso e ausĂȘncia de medidas em proteção aos povos indĂ­genas, impõe-se a abertura do processo disciplinar e, ao fim do processo, a cassação de seu mandato", diz a representação.

O documento, que traz vĂĄrios anexos de fotos feitas na Terra IndĂ­gena (TI) Yanomami, ressalta ainda que a ministra perpetuou, junto ao ex-presidente da Funai, Marcelo Xavier, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, uma "polĂ­tica de morte".

Caso a denĂșncia seja aceita e avance no colegiado, as penas previstas vão de medidas disciplinares – como advertĂȘncia, censura e perda temporĂĄria do exercĂ­cio do mandato –, até a mais severa: a perda do mandato.

Desativado

O Conselho de Ética do Senado não se reĂșne desde antes da pandemia de covid-19. Os cargos do colegiado estão vagos. Cabe ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), instalar o colegiado e aos lĂ­deres dos blocos partidĂĄrios, indicar seus integrantes.

Até que isso ocorra, a representação fica parada no conselho. Depois de instalado, o presidente do colegiado, é quem decide se darĂĄ ou não seguimento à denĂșncia. Antes disso, é praxe que seja pedido um parecer sobre o caso para a Advocacia-Geral do Senado.

Outro lado

Até o fechamento da matéria a assessoria da senadora Damares Alves não comentou o posicionamento da parlamentar sobre a representação.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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