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Congresso da UNE deve reunir cerca de 10 mil estudantes em BrasĂ­lia

FlĂĄvio Dino discursou e defendeu a regulamentação das redes sociais

Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília em 13/07/2023 às 11:06:02
© Wilson Dias/Agência Brasi

© Wilson Dias/Agência Brasi

A União Nacional dos Estudantes (UNE) abriu, nesta quarta-feira (12), o 59° Congresso da entidade, em BrasĂ­lia. Até domingo (16), cerca de 10 mil estudantes de todo o Brasil vão participar de debates sobre democracia, educação, mercado de trabalho, além de eleger a nova diretoria.

No primeiro dia do evento, a UNE promoveu um ato em defesa da democracia e de combate ao discurso de ódio no paĂ­s. Familiares também prestaram homenagens aos 50 anos do desaparecimento de Honestino Guimarães, lĂ­der estudantil morto durante a ditadura militar no paĂ­s.

BrasĂ­lia (DF), 12/07/2023 - Ministro da Justiça, FlĂĄvio Dino participa da abertura do 59Âș Congresso da UNE. Foto: Wilson Dias/AgĂȘncia Brasil
BrasĂ­lia (DF), 12/07/2023 - Ministro da Justiça, FlĂĄvio Dino, defendeu regulamentação das redes sociais: "plataforma das ideias da direita". Foto - Wilson Dias/AgĂȘncia Brasil

Durante o ato, o ministro da Justiça e Segurança PĂșblica, FlĂĄvio Dino, disse que a defesa da democracia estĂĄ relacionada com o combate à desigualdade social e à construção de um paĂ­s mais justo para população.

"Todo mundo aqui é contra o fascismo, contra o golpismo e contra a extrema-direita. Todo mundo defende a educação pĂșblica gratuita de qualidade para todos no Brasil. Todos são contra a discriminação dos negros, das mulheres e da comunidade LGBT", afirmou.

Dino também voltou a defender a regulamentação das redes sociais e disse que elas tĂȘm funcionado como "plataformas das ideias da direita e do poder econômico".

"A segunda tarefa democrĂĄtica fundamental é enfrentar o poder de quatro, cinco empresas que mandam na internet e veiculam extremismo", completou.

Vaias

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) LuĂ­s Roberto Barroso também esteve presente. Ele lembrou de sua atuação no movimento estudantil e também defendeu a democracia e o enfrentamento da pobreza no paĂ­s.

"Eu continuo a dizer pelos meus sonhos de juventude, enfrentar a pobreza, a desigualdade abissal que existe nesse paĂ­s e ser capaz de construir argumentos democrĂĄticos em favor do bem e da justiça contra a intolerância", disse.

No inĂ­cio de seu discurso, Barroso foi vaiado por um grupo de estudantes que exibiu uma faixa com os dizeres : "Barroso inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016".

O ministro disse que suspendeu, no ano passado, o pagamento do piso nacional dos enfermeiros para viabilizar os recursos para garantir os repasses. Barroso foi o relator do caso no Supremo.

"Eu venho do movimento estudantil. De modo que nada que estĂĄ acontecendo aqui me é estranho. JĂĄ enfrentei a ditadura e jĂĄ enfrentei o bolsonarismo. E mais que isso, foi eu que consegui o dinheiro da enfermagem porque não tinha dinheiro. Não tenho medo de vaia porque temos um paĂ­s para construir", rebateu.

Amanhã (13), o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva vai participar do congresso e receberĂĄ uma carta com demandas para a educação.

Edição: Marcelo Brandão

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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