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Pneumologista do HGE alerta para os riscos do tabagismo à saĂșde

Fumantes ativos e passivos estão vulnerĂĄveis a desenvolver sĂ©rias doenças devido às substâncias tóxicas expelidas durante o consumo

Por Thallysson Alves em 29/08/2023 às 19:31:15
 Carla Cleto e Thallysson Alves/Ascom Sesau

Carla Cleto e Thallysson Alves/Ascom Sesau

O tabagismo ainda é um desafio para a saúde pública mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,3 bilhão de pessoas no mundo acendem, ao menos, um cigarro por dia e 1,3 milhão de fumantes passivos morrem anualmente. Diante destes dados assustadores, o pneumologista Luiz Claudio Bastos, que atua no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, enfatiza que a virada desse jogo só depende de cada um.

Quem insiste com o vício, conforme o Ministério da Saúde (MS), tem dez vezes mais chances de desenvolver o câncer de pulmão, cinco vezes mais vulnerabilidade em sofrer um Infarto Agudo do MiocĂĄrdio (IAM), cinco vezes maior risco de ter bronquite crônica e enfisema pulmonar e o risco de ser acometido por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) é duas vezes maior. O especialista explica que a dificuldade em deixar esse mal hĂĄbito de lado estĂĄ diretamente relacionada ao consumo da nicotina. "As pesquisas jĂĄ comprovaram que a nicotina é uma droga bastante poderosa, pois atua no sistema nervoso central como a cocaína. Ela chega ao cérebro em apenas sete segundos, dois ou quatro segundos mais rĂĄpido que a cocaína. É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis, porém as dificuldades serão regredidas com o passar do tempo", explicou o pneumologista do HGE.

O HGE, por ser uma unidade de UrgĂȘncia e EmergĂȘncia referĂȘncia no tratamento do AVC, do infarto, da insuficiĂȘncia respiratória, entre outras consequĂȘncias do tabagismo, também recebe casos relacionados a fumantes ativos, passivos e ex-fumantes.

O problema ainda não estĂĄ próximo de ser solucionado, mas um relatório da OMS mostrou que 71% da população mundial se beneficia e estĂĄ protegida por leis e medidas contra o fumo. "No Brasil, por exemplo, é proibido o consumo de tabaco nos espaços públicos fechados, nos locais de trabalho e nos transportes públicos. HĂĄ prédios que não permitem sequer o consumo do cigarro na varanda do apartamento do próprio proprietĂĄrio. Além disso, as advertĂȘncias sobre os perigos estão bastante disseminadas, inclusive no próprio produto. Também hĂĄ grupos de apoio para que as pessoas possam parar de fumar, medidas de proibição de publicidade, promoção e patrocínio de cigarro e impostos que o encarece", detalhou o médico.

Com isso, de acordo com a OMS, cerca de 5,5 bilhões de pessoas estão protegidas por leis e medidas contra o fumo. E, por causa dessas medidas, nos últimos 15 anos o mundo deixou de ter 300 milhões de fumantes a mais. Entretanto, as pessoas que convivem com os fumantes também estão vulnerĂĄveis a sofrer os efeitos nocivos do tabagismo e é nesse fato que os especialistas estão preocupados. "E tudo isso também é vĂĄlido para o cigarro eletrônico, que tem conquistado adeptos sob a alegação de que não faz mal à saúde e que não causa dependĂȘncia. Não é verdade! Ele também contém nicotina e outros produtos químicos que o torna igualmente nocivo e viciante. E, embora os estudos ainda estejam avançando, evidĂȘncias jĂĄ mostram que no vapor podem conter diferentes substâncias tóxicas e metais pesados. Por isso, o melhor mesmo é evitar a exposição", recomendou Luiz Claudio Bastos.

Fonte: AgĂȘncia Alagoas

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