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PNI faz 50 anos; agentes comunitårios e técnicos garantem capilaridade

Busca ativa de não vacinados Ă© uma das estratĂ©gias do programa

Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro em 18/09/2023 às 09:51:38
© Tomaz Silva/Agência Brasi

© Tomaz Silva/Agência Brasi

HĂĄ sete anos, uma simples ida ao mercado jĂĄ não é a mesma para Maria LĂșcia de AraĂșjo, de 54 anos. Seja na ĂĄrea de laticĂ­nios ou na de produtos de limpeza, ela não consegue evitar falar sobre vacinas, consultas médicas ou exames que precisam ser agendados. A moradora de IrajĂĄ, na zona norte do Rio de Janeiro, é agente comunitĂĄria de saĂșde e mora na região que percorre diariamente para levar a capilaridade do Sistema Único de SaĂșde (SUS) à casa dos pacientes. ReferĂȘncia na rua, na padaria, ou no supermercado, Maria LĂșcia estĂĄ sempre tirando dĂșvidas.

"Eu gosto muito, porque é um modo de estar junto da população e das pessoas que realmente estão precisando de um suporte e de uma ajuda. VocĂȘ adquire muito conhecimento e consegue entender certas coisas que, quando vocĂȘ estĂĄ fora da ĂĄrea da saĂșde, vocĂȘ não entende", conta ela, que é responsĂĄvel por visitar e acompanhar o andamento de tratamentos de quase 800 pessoas.

Rio de Janeiro (RJ), 21/08/2023 – A agente comunitĂĄria de saĂșde, Maria LĂșcia de AraĂșjo e o técnico em enfermagem, João Victor Pinho durante de busca ativa de pacientes com vacinação em atraso em IrajĂĄ, na zona norte da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil
Secretaria de SaĂșde faz busca ativa de pacientes no Rio, por Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil

Uma parte importante do seu trabalho é, mensalmente, conferir por que uma criança que deveria ter sido vacinada não foi levada à ClĂ­nica da FamĂ­lia Pedro Fernandes Filho para receber a imunização. Quando o sistema indica que falta alguma dose, Maria LĂșcia vai a campo em busca de explicações e, principalmente, de proteger a criança contra as doenças imunoprevenĂ­veis.

"A gente acompanha desde a barriga, no pré-natal, e depois e vamos acompanhando até os 7 anos. E a gente tem que ter o cuidado de saber se a mãe estĂĄ dando vacina, se estĂĄ indo às consultas. E, quando ela falta, a gente vai atrĂĄs para saber o que estĂĄ acontecendo. Como jĂĄ tem esse vĂ­nculo, elas não ficam melindradas e contam para gente por que não vieram. É um vĂ­nculo que a gente cria com as mães desde a gravidez."

O trabalho de busca ativa de vacinação, que significa resgatar quem não se vacinou, é considerado uma das estratégias mais importantes na recuperação das coberturas vacinais do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que completa 50 anos em 2023. E quem arregaça as mangas e gasta as solas em busca dessas crianças, adultos e idosos são os 295 mil agentes comunitĂĄrios de saĂșde do paĂ­s e os 193 mil enfermeiros e técnicos de enfermagem envolvidos com a imunização nas unidades de saĂșde, que também aplicam os imunizantes na casa das pessoas que não consegue chegar até a sala de vacina mais próxima.

A enfermeira Mayra Moura, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, trabalha com ações de capacitação para profissionais da ponta, e destaca que o papel de agentes comunitĂĄrios como Maria LĂșcia é essencial para que as vacinas cheguem a todos, inclusive em regiões em que famĂ­lias podem ter dificuldades de se deslocar até uma unidade de saĂșde ou sala de vacina.

Rio de Janeiro (RJ) - Mayra Moura para a matéria sobre rotatividade de profissionais na vacinação impacta coberturas Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Rio de Janeiro (RJ) - Mayra Moura para a matéria sobre rotatividade de profissionais na vacinação impacta coberturas Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação - Arquivo pessoal/Divulgação

"O agente comunitĂĄrio de saĂșde é imprescindĂ­vel. É ele que consegue dar capilaridade ao programa. É ele que tem o acesso a cada casa, de cada pessoa. Ele é uma pessoa muito vista pela comunidade, então, ele é uma referĂȘncia. Esse trabalho do agente que estĂĄ na ponta, que conhece as famĂ­lias, é muito importante para a adesão dessas famĂ­lias", sublinha.

"O sucesso do programa, primeiro, é porque a gente consegue essa capilaridade que vem com os agentes, as estratégias de saĂșde da famĂ­lia, e também porque a equipe dentro da sala de vacina vai a campo também fazer as vacinações. Eles são os profissionais de referĂȘncia da população."

Quando Maria LĂșcia entra em contato com uma famĂ­lia que não vacinou a criança no momento recomendado e fica constatado que aqueles responsĂĄveis não vão conseguir levĂĄ-la à sala de vacina, o técnico de enfermagem João Victor Pinho, de 23 anos, carrega sua caixa térmica com as doses necessĂĄrias e a acompanha para colocar em dia mais uma caderneta de vacinação. O técnico conta que é preciso informar devidamente cada responsĂĄvel antes de aplicar as vacinas, principalmente em tempos de fake news.

"Os pais são informados de quais são as vacinas, contra o que elas protegem e quais são as reações que podem acontecer. Isso é importante principalmente depois dos perĂ­odos que passamos, em que foi tão falado que vacinas fariam mal. As pessoas estão com mais desconfiança", conta ele.

"Ver as crianças desde a primeira vacina e fazer esse acompanhamento é muito gratificante. Esse sistema de busca ativa que nós realizamos, com essa importância de irmos atrĂĄs, é porque reconhecemos que hĂĄ uma necessidade, mas muitas vezes não hĂĄ uma disponibilidade dos pais e responsĂĄveis. É uma experiĂȘncia Ășnica acompanhar a trajetória das crianças que vem aqui se vacinar", completa.

Uma das visitas de Maria LĂșcia e João Victor foi à casa dos trabalhadores autônomos Danielly Martins, de 23 anos, e Patrick Rodrigues Viana, de 26. O casal tem dois filhos, e o mais novo, Murillo Luiz Martins, de 7 meses, acabou perdendo a terceira dose da vacina pentavalente, que previne contra tétano, difteria, coqueluche, hepatite B e contra o vĂ­rus Haemophilus influenzae B, causador de meningites e pneumonias. Para quem estĂĄ na informalidade, perder um dia de trabalho muitas vezes não é uma opção, conta Danielly, que também aproveitou a visita para discutir métodos contraceptivos com Maria LĂșcia.

Rio de Janeiro (RJ), 16/09/2023 – A famĂ­lia do bebĂȘ Murillo Luiz Martins, sua irmã Maria Helena Martins, os pais Patrick Rodrigues Viana e Danielly Martins durante atendimento para vacinação em residĂȘncia, em IrajĂĄ, na zona norte da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 16/09/2023 – A famĂ­lia do bebĂȘ Murillo Luiz Martins, sua irmã Maria Helena Martins, os pais Patrick Rodrigues Viana e Danielly Martins durante atendimento para vacinação em residĂȘncia, em IrajĂĄ, na zona norte da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil - Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil

"Só de eu não ter que ir na clĂ­nica, com o tanto de coisa para fazer no meu trabalho e em casa, jĂĄ me ajudou bastante", conta Danielly, que estava incomodada com o atraso da vacinação, mas não conseguia reservar um horĂĄrio entre a rotina de trabalhar e levar a filha mais velha para a creche.

"Sempre tento deixar todas [vacinas] em dia. Eu sempre vejo fake news, mas eu não acredito. Eu quero o bem para os meus filhos. Tem que estar vacinado e ponto. Eu acredito no SUS e acabou", acrescenta ela.

Na visita, João Victor conferiu a caderneta de vacinação de Murillo e aproveitou a oportunidade para aplicar a terceira dose da vacina inativada contra a poliomielite, que também é recomendada para o sexto mĂȘs de vida.

A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) Mayra Moura destaca que a capacitação dos profissionais da ponta é fundamental para que eles tenham clareza na hora de informar, segurança para vacinar e também saibam reconhecer oportunidades como essa quando a criança estĂĄ disponĂ­vel para ser imunizada.

"Se não tĂȘm a capacitação, esses profissionais não vão ter a segurança para fazer tudo isso. Se o agente de saĂșde não tem uma capacitação especĂ­fica para vacina, ele não vai conseguir avaliar uma carteira de vacinação, pelo menos para identificar o que possivelmente estĂĄ faltando, ou se existe alguma vacina indicada para um adulto, idoso ou adolescente", diz Mayra Moura, que acrescenta. "E o profissional de enfermagem na sala de vacinação também precisa ter muito treinamento, informação e segurança, porque a gente sabe que tem muito profissional de saĂșde que acaba tendo até questões relacionadas à vacina, porque não tem certeza, ouviu dizer alguma coisa e também fica inseguro. E, se um paciente questionar, ele não tem segurança para responder. Ter esse profissional bem informado e seguro é fundamental para conseguir a adesão do paciente."

Integrante da coordenação de epidemiologia da Associação Brasileira de SaĂșde Coletiva (Abrasco), Maria Rita Donalisio alerta que, apesar da crescente complexidade dos calendĂĄrios de vacinação e do aumento da desconfiança das famĂ­lias em relação às vacinas, o cenĂĄrio atual no Brasil é de contratos de trabalho precarizados nas salas de vacina e nas estratégias de saĂșde da famĂ­lia, com baixos salĂĄrios, terceirização e alta rotatividade.

Rio de Janeiro (RJ) - Rita Donalisio para a matéria sobre rotatividade de profissionais na vacinação impacta coberturas Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Rio de Janeiro (RJ) - Rita Donalisio para a matéria sobre rotatividade de profissionais na vacinação impacta coberturas Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação - Arquivo pessoal/Divulgação

"É preciso reforçar essas equipes locais de saĂșde da famĂ­lia, da atenção primĂĄria, porque é na atenção primĂĄria que a gente garante a integralidade do cuidado", afirma. "É preciso investimento em carreira, estabilidade, concursos, para que esses profissionais possam ser treinados e não ter tanta rotatividade, e adquirirem cada vez mais experiĂȘncia na vacinação. Investir nos concursos e nas carreiras, com remuneração justa, é investir no SUS e no PNI."

Capacitar, valorizar e manter profissionais como o agente comunitĂĄrio de saĂșde, defende Maria Rita Donalisio, é estratégico para a recuperação das coberturas vacinais: "A gente precisa resgatar no território essas pessoas que, muitas vezes, estão desinformadas. E o agente comunitĂĄrio conhece por nome essas pessoas, ele é do território e tĂȘm passagem livre. E tudo isso pensando que o atendimento tem que ser integral. E não só a criança. O idoso, o hipertenso, o diabético precisam ser incentivados a tomar vacinas."

Rio de Janeiro (RJ), 15/09/2023 – A coordenadora geral da ONG Criola, LĂșcia Xavier posa para fotografia para a AgĂȘncia Brasil. Foto:Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil
LĂșcia Xavier, da ONG Criola, acredita que compromisso do servidor pĂșblico com o cuidado à saĂșde faz diferença para a população - Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil

Coordenadora e fundadora da organização não governamental (ONG) Criola, a assistente social e ativista dos direitos das mulheres negras LĂșcia Xavier também vĂȘ como primordial a atuação desses profissionais na mobilização da comunidade em prol do sucesso da vacinação. Ela lembra que as grandes campanhas de vacinação da década de 1980 contaram com forte participação social, e isso também foi resultado da articulação dos profissionais da ponta.

"Os 50 anos de bons resultados de PNI vão ao encontro não só da experiĂȘncia, do esforço e da atuação polĂ­tica desses profissionais, mas também da própria comunidade, que é convidada a apoiar as campanhas de imunização", afirma ela.

"A presença desses profissionais no campo, trazendo a responsabilidade, mas também o compromisso do servidor pĂșblico com o cuidado à saĂșde faz muita diferença para a população. Traz a ideia do cuidado, da participação e da confiança no serviço pĂșblico. Isso quem passa para a população é o profissional de saĂșde.

Resultados

O trabalho de ir à casa das famĂ­lias é caro e mobiliza profissionais que tĂȘm outros afazeres na unidade de saĂșde, mas dĂĄ resultado. No Rio de Janeiro, as ações de Maria LĂșcia e João Victor são parte do programa Geovacina, que começou em maio para fortalecer a busca ativa. Desde então, o nĂșmero de unidades com cobertura vacinal de seus pacientes menor que 80% caiu de 134 para 44. JĂĄ as que tinham entre 80% e 95% de cobertura passaram de 100 para 173. Por fim, as que que jĂĄ tinham batido a meta de pelo menos 95% de cobertura aumentaram de duas para 20.

O programa usa como referĂȘncia a cobertura da vacina pentavalente, que deve ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses e estava em atraso no caso do Murillo Luiz. Os técnicos e agentes comunitĂĄrios de saĂșde, ao procurarem as famĂ­lias que perderam o prazo, conferem toda a caderneta de vacinação, o que também tem elevado a cobertura de outras vacinas.

A imunização contra a poliomielite, por exemplo, saltou de uma cobertura de 66,8%, em 2022, para 97,9%, em 2023, alcançando, no Rio de Janeiro, a meta de 95% definida pelo Programa Nacional de Imunizações. A vacina meningocócica C também apresenta melhora, de 67,2% para 86,3%, embora ainda esteja abaixo da meta. JĂĄ a pentavalente avançou de 66,1% para 80,5%.

O secretĂĄrio municipal de SaĂșde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, destaca que a busca ativa também precisa vir acompanhada do fortalecimento da estratégia de saĂșde da famĂ­lia, jĂĄ que essas equipes aplicam a imensa maioria das vacinas do Programa Nacional de Imunizações. No Centro de InteligĂȘncia Epidemiológica do Rio de Janeiro, um telão do Geovacina mostra em tempo real todas as crianças em idade de se vacinar como pontos que marcam seus endereços na cidade. As que estão em dia com a pentavalente são pontos verdes, e as que estão em atraso são pontos vermelhos.

Rio de Janeiro (RJ), 21/08/2023 – O secretĂĄrio municipal de SaĂșde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz durante entrevista à AgĂȘncia Brasil no Centro de Operações (COR), na Cidade Nova, região central da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 21/08/2023 – O secretĂĄrio municipal de SaĂșde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz durante entrevista à AgĂȘncia Brasil no Centro de Operações (COR), na Cidade Nova, região central da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil - Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil

"Com o Geovacina, consigo ver quais crianças que estão no Sistema Nacional de Nascidos Vivos que jĂĄ poderiam ter tomado a primeira dose, e as que jĂĄ tomaram a primeira dose e que não tomaram a segunda ou a terceira dose, e buscĂĄ-las no mapa. Cada pontinho é uma criança", explica o secretĂĄrio, que acrescenta que o sistema informa a clĂ­nica da famĂ­lia e a equipe de saĂșde da famĂ­lia que serĂĄ responsĂĄvel por buscĂĄ-la.

"O Programa Nacional de Imunizações avançou muito com a tecnologia em tempo real. Hoje, a gente consegue saber quem tomou vacina ou não tomou, online e em tempo real", destaca Soranz.

Para retomar as coberturas vacinais, a prefeitura do Rio de Janeiro tem adotado uma série de estratégias previstas no leque de ações de microplanejamento para vacinação disponibilizado pelo Ministério da SaĂșde, como a vacinação nas escolas, a vacinação extramuros em locais de grande circulação, pontos de vacinação com horĂĄrio estendido e a própria busca ativa.

Segundo Soranz, a busca pelas famĂ­lias tem mostrado que os principais motivos para o atraso na vacinação nas crianças são esquecimento, falta de tempo ou algum adoecimento no momento em que a vacina estava prevista. "Um percentual muito pequeno é de famĂ­lias que não acreditam ou tĂȘm medo da vacinação. Felizmente, no Rio de Janeiro, essa é uma exceção."

Criada no condomĂ­nio em que hoje confere cadernetas de vacinação e orienta famĂ­lias, a agente comunitĂĄria de saĂșde Bruna Maluf, de 28 anos, trabalha na mesma clĂ­nica da famĂ­lia que João Victor e Maria LĂșcia, que conta ter visto a colega de trabalho crescer.

Rio de Janeiro (RJ), 21/08/2023 – A agente comunitĂĄria de saĂșde, Bruna Maluf durante entrevista à AgĂȘncia Brasil na ClĂ­nica da FamĂ­lia Pedro Fernandes Filho, em IrajĂĄ, na zona norte da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 21/08/2023 – A agente comunitĂĄria de saĂșde, Bruna Maluf durante entrevista à AgĂȘncia Brasil na ClĂ­nica da FamĂ­lia Pedro Fernandes Filho, em IrajĂĄ, na zona norte da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil - Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil

Na função hĂĄ um ano, Bruna diz que o contato com os vizinhos e outros usuĂĄrios do SUS tem ensinado lições importantes sobre como funciona a saĂșde pĂșblica, quais dĂșvidas precisam ser esclarecidas e que fatores influenciam nas decisões de cada famĂ­lia.

"Eu moro no meu território desde os 4 anos, então, isso me facilita muito. Quando nós andamos pela rua, minha mãe brinca que é como se eu tivesse virado polĂ­tica, porque estou andando na rua e dando tchau para todo mundo. Quando alguém não me conhece e desconfia, eu falo que pode ficar tranquilo, que eu moro aqui", conta, ela, que estĂĄ se formando técnica de enfermagem e aprendeu a entender melhor que tipo de dĂșvidas são mais frequentes e como respondĂȘ-las. "O trabalho me ajuda muito no curso, e o curso me ajuda muito no trabalho."

Edição: Juliana Andrade

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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