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Conectividade e Inclusão Digital Ă© tema do 30Âș PrĂȘmio Jovem Cientista

O 30ÂȘ Prêmio Jovem Cientista terá como tema Conectividade e Inclusão Digital.

Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil - Brasília em 18/10/2023 às 19:36:01
© Diego Galba (ASCOM/MCTI)

© Diego Galba (ASCOM/MCTI)

Luciana Santos defende que a inclusão digital diminui o abismo da desigualdade- Diego Galba (ASCOM/MCTI)

Em 2024, o PrĂȘmio Jovem Cientista terĂĄ cinco categorias premiadas: Estudante do Ensino Médio; Estudante do Ensino Superior; Mestre e Doutor; Mérito Institucional; e Mérito CientĂ­fico. Nesta Ășltima categoria, receberĂĄ homenagem a pesquisadora ou o pesquisador que tenha se destacado na ĂĄrea relacionada ao tema da edição.

O presidente do CNPq, o fĂ­sico e engenheiro Ricardo Galvão, disse que a premiação reconhece cientistas de todos os tamanhos. "Não é só o cientista top, que estĂĄ na linha de frente, que vai ser premiado. [O prĂȘmio] começa desde o estudante do ensino médio, da graduação, àquele que ousa e quer fazer alguma coisa, além do livro que ele lĂȘ todos os dias. É para aquele que procura novos conhecimentos e não tem medo de errar."

"Não vamos ter um desenvolvimento sustentĂĄvel, socialmente justo e econômico, sem polĂ­ticas pĂșblicas fortemente baseadas na ciĂȘncia e na tecnologia. Para isso, é necessĂĄrio o cidadão comum, não somente o cientista e o professor universitĂĄrio, ter uma compreensão da relevância da ciĂȘncia", reforçou o presidente do CNPq.

Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento CientĂ­fico e Tecnológico ressalta que premiação reconhece cientistas de diversas fases - Diego Galba (ASCOM/MCTI)

Com a escolha dos premiados em cada edição, a organização do PrĂȘmio Jovem Cientista tem o objetivo de reconhecer talentos, impulsionar a pesquisa cientĂ­fica e, igualmente, investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram inovar na solução dos desafios da sociedade.

A presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NĂ­vel Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação, Mercedes Bustamante, defendeu que é preciso incentivar jovens para a carreira cientĂ­fica. "A gente percebe a necessidade de formação dessa nova geração de pesquisadores brasileiros, para que entendam que a carreira cientĂ­fica é uma contribuição essencial para um desenvolvimento soberano, sustentĂĄvel, justo e equitativo para o Brasil."

João Alegria, secretĂĄrio-geral da Fundação Roberto Marinho, convidada pelo CNPq para articular o prĂȘmio, afirmou que a ciĂȘncia jĂĄ estĂĄ no cotidiano das comunidades e que o PrĂȘmio Jovem Cientista contribui para aproximar essas realidades. "Que a gente aproveite essa jornada para compartilhar método de processos da ciĂȘncia, para inspirar pessoas e que elas entendam o valor da ciĂȘncia do conhecimento. É muito bom a gente demonstrar como produção de conhecimento estĂĄ próxima à vida das pessoas e transforma a sociedade".

Cientistas

O evento de lançamento do PrĂȘmio Jovem Cientista contou a presença de diversos pesquisadores, representantes das sociedades cientĂ­ficas e da sociedade civil. Entre os convidados, o professor da Universidade de BrasĂ­lia (UnB), Gilberto Lacerda, agraciado na categoria de Graduação, na edição de 2001, testemunhou sobre os legados da premiação.

Para o pesquisador, além de reconhecer a excelĂȘncia da produção de conhecimento cientĂ­fico, o que mais importa é a divulgação desses trabalhos para que não se percam e deixem de ser Ășteis à sociedade. "É muito importante a divulgação. HĂĄ teses de doutorado que são geniais, mas, podem ficar para sempre em cima da mesa. Na época da minha premiação, desenvolveram todo um aparato de divulgação e foi isso que permitiu que a pesquisa viajasse a outros paĂ­ses: Estados Unidos, França, CanadĂĄ, Áustria", recorda-se Gilberto Lacerda.

Jaqueline Goes, biomédica da equipe que fez o primeiro sequenciamento do genoma do novo coronavĂ­rus, vĂȘ o PrĂȘmio Jovem Cientista como uma excelente oportunidade de incentivar o trabalho dos cientistas. "A gente vem de um perĂ­odo recente em que a ciĂȘncia foi completamente deixada de lado, desprestigiada em seus feitos e, principalmente, atacada. Então, a retomada do prĂȘmio, sem dĂșvidas, é a retomada da ciĂȘncia. De fato, é o comprometimento que a gente vĂȘ dentro da nova gestão [federal], com o reconhecimento dos cientistas".

"Quando divulgamos à sociedade o prĂȘmio e os cientistas vencedores, também estamos divulgando a ciĂȘncia e fomentando essa curiosidade, essa possibilidade de jovens acessarem esse conhecimento e, assim, se inspirarem para participarem das novas gerações de cientistas", prevĂȘ a pesquisadora Jaqueline Goes de Jesus.

Cientista Jaqueline Goes de Jesus na cerimônia de Lançamento do PrĂȘmio Jovem Cientista - Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)

PrĂȘmio Jovem Cientista

O PrĂȘmio Jovem Cientista foi instituĂ­do em 1981 pelo CNPq, com a parceria da Fundação Roberto Marinho. A premiação é considerada um dos mais importantes reconhecimentos aos cientistas brasileiros.

Nestes 42 anos de existĂȘncia, a premiação reconheceu 194 pesquisadores e estudantes, além de 21 instituições de ensino médio e superior, nas 29 edições anteriores. A Ășltima ocorreu em 2019.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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