A Polícia Civil de Alagoas, por meio do Núcleo de Investigação Especial (Niesp), coordenado pelo delegado Sidney Tenório, prendeu na última terça-feira (29) um homem, de 50 anos, com deficiĂȘncia física e histórico criminal, acusado de homicídio qualificado. O crime ocorreu hĂĄ 24 anos na cidade de Junqueiro (AL).
O capturado, ex-reeducando do sistema prisional, estava foragido desde 2000 e havia mudado de nome, possuindo duas identidades, o que dificultou sua localização.
A investigação enfrentou desafios devido às alterações de identidade do acusado. Mesmo assim, a equipe do Niesp identificou pistas de que ele teria passado pelo estado de Sergipe antes de retornar a Alagoas.
Diversas diligĂȘncias foram realizadas em municípios próximos a Maceió, até que o homem fosse localizado em uma vila de casas na cidade de Chã do Pilar, onde foi detido.
Inicialmente, o acusado negou envolvimento no crime, afirmando não ser o procurado. No entanto, o trabalho técnico, somado aos depoimentos de testemunhas, comprovou a verdadeira identidade do homem, que acabou confessando o homicídio.
Ele foi conduzido ao Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) do Pilar e, posteriormente, transferido para a Central de Flagrantes da capital, onde aguarda audiĂȘncia de custódia.
O crime, ocorrido em novembro de 2000, foi caracterizado por extrema violĂȘncia. Segundo consta nos autos, a vítima, Arlan Odalio da Silva Bastos, foi atraída para uma emboscada com consumo de drogas e bebidas em um bar.
Depois seguiram todos para o Beco da Coreia, por trĂĄs de um cemitério, onde o acusado teria imobilizado a vítima com um golpe de gravata. Desacordada, a vítima foi brutalmente lesionada com pedradas que atingiram a sua cabeça.
De acordo com os autos, os acusados retornaram ao bar onde estavam e, ao verificar que a vítima ainda estava viva, voltaram para terminar o homicídio. O capturado atingiu o pescoço da vítima com uma pedra, levando-a a óbito.
Um detalhe que chocou foi o fato de o capturado ter acendido um cigarro de maconha e apagado no sangue da vítima, conforme denunciado pelo Ministério Público.
Após o crime, o comparsa do acusado foi preso dias depois, enquanto o homem agora capturado conseguiu fugir para Sergipe, vivendo na impunidade por mais de duas décadas. A prisão representa o encerramento de um ciclo de fuga e a reafirmação do compromisso da Polícia Civil de Alagoas em combater crimes e localizar foragidos.
Fonte: AgĂȘncia Alagoas