PREFEITURA SANTANA

Anvisa autoriza uso emergencial de coquetel contra a covid-19

A Diretoria Colegiada da AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) aprovou hoje (13) o uso em carĂĄter emergencial de um novo coquetel de anticorpos para o tratamento de pacientes com covid-19

Por Redação em 13/05/2021 às 20:40:39

A Diretoria Colegiada da AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) aprovou hoje (13) o uso em carĂĄter emergencial de um novo coquetel de anticorpos para o tratamento de pacientes com covid-19. A ĂĄrea técnica e os diretores avaliaram que o uso combinado dos medicamentos Banlanivimabe e Etesevimabe, da empresa Eli Lilly do Brasil, para casos em estĂĄgios iniciais traz benefĂ­cios, ainda que permaneçam algumas incertezas.

Os anticorpos objetivam neutralizar o vĂ­rus antes que ele entre na célula. Conforme anĂĄlise dos técnicos da agĂȘncia, eles tĂȘm potencial de eficĂĄcia maior quando empregados conjuntamente do que no uso individual.

De acordo com as equipes de anĂĄlise da agĂȘncia, quando utilizados juntos, os dois medicamentos podem reduzir em até 70% a incidĂȘncia da covid-19. Tal eficĂĄcia se daria em pacientes que ainda não tenham evoluĂ­do para quadro grave e tenham alto risco de progressão.

O termo "alto risco" envolve pessoas com condições de saĂșde como idade avançada, obesidade, doença cardiovascular, diabetes mellitus tipos 1 e 2, doença pulmonar crônica, doença renal crônica, doença hepĂĄtica crônica ou imunossuprimidos.

A orientação é que a aplicação seja feita em hospitais, em razão da estrutura disponĂ­vel e dos profissionais que realizam o procedimento. A Anvisa não indicou o uso em pacientes com quadros graves, situações em que o coquetel pode agravar o problema. Os remédios não poderão ser comercializados.

O uso emergencial foi autorizado por 12 meses. O tempo de espera para uso do coquetel, após aberto, não pode ser superior a 24 horas em ambiente refrigerado e sete horas em temperatura ambiente.

"Durante a emergĂȘncia de saĂșde pĂșblica, a autorização emergencial é instrumento regulatório para fomentar tempestivamente opções terapĂȘuticas mesmo em face de um produto em desenvolvimento clĂ­nico", declarou a diretora Meiruze Freitas.

"A partir dos dados apresentados, os benefĂ­cios conhecidos e potenciais dos medicamentos quando utilizados em uso emergencial superam os seus riscos", complementou o também diretor Alex Campos.

Incertezas

A indicação é que o coquetel seja aplicado a adultos. No caso de adolescentes, não houve comprovação de eficĂĄcia nos ensaios clĂ­nicos. A equipe técnica da Anvisa também apontou o que chama de "incertezas", ou pontos não comprovados pelos documentos enviados pelo fabricante. Os técnicos defenderam a continuidade do monitoramento do uso do grupo de medicamentos para avaliar seus efeitos.

Entre as incertezas estĂĄ a falta de ação contra a variante P1, existente no território brasileiro. "Isso gerou muita discussão na ĂĄrea porque a gente sabe que é uma variante significativa na nossa realidade. Muitas vezes o diagnóstico e teste para identificar a variante é mais limitado. Como essa associação de anticorpo mostrou resultados favorĂĄveis, hĂĄ incerteza de eficĂĄcia contra variante, mas ainda assim tem benefĂ­cio plausĂ­vel", analisou o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes.

Este ponto foi considerado pelos diretores. "Ainda que haja pontos que não podem ser respondidos em sua totalidade, como a comprovação de eficĂĄcia clĂ­nica do produto contra a variante P1, é indiscutĂ­vel o impacto que um medicamento que impede a progressão da doença pode trazer aos serviços de saĂșde", concluiu a diretora Cristine Jourdan.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

Comunicar erro

ComentĂĄrios

DETRAN AL