PREFEITURA SANTANA

Comissão da Câmara adia votação de PL sobre uso medicinal da maconha

O texto apresentado pelo relator prevĂȘ que medicamentos canabinoides poderão ser produzidos e comercializados em qualquer forma farmacĂȘutica permitida (sólida, lĂ­quida, gasosa e semi-sólida) e sem restrição quanto aos critĂ©rios para sua prescrição

Por Redação em 18/05/2021 às 21:01:36

Comercialização

O texto apresentado pelo relator prevĂȘ que medicamentos canabinoides poderão ser produzidos e comercializados em qualquer forma farmacĂȘutica permitida (sólida, lĂ­quida, gasosa e semi-sólida) e sem restrição quanto aos critérios para sua prescrição.

Pela proposta, a prescrição do medicamento serĂĄ de acordo com a opção do médico e de comum acordo com o paciente, sem a necessidade de que sejam esgotadas todas as alternativas terapĂȘuticas, para somente então se prescrever os medicamentos canabinoides.

Plantio

O projeto determina que o cultivo de Cannabis para fins medicinais serĂĄ feito exclusivamente por pessoa jurĂ­dica, "previamente autorizada pelo poder pĂșblico". As sementes ou mudas usadas deverão ter certificação e só poderĂĄ ser feito o cultivo em local fechado, como uma estufa ou outra estrutura adequada ao plantio.

Os locais também deverão ser planejados para impedir o acesso de pessoas não autorizadas, bem como garantir a contenção e a não disseminação das plantas no meio ambiente. Eles deverão contar com sistema de videomonitoramento, restrição de acesso, sistema de alarme de segurança e cercas elétricas.

O texto também diz que os cultivos terão uma cota pré-definida que deverĂĄ constar do requerimento de autorização. Além disso, as plantas de Cannabis destinadas ao uso medicinal serão classificadas como psicoativas (aquelas com teor de THC superior a 1%), e como não-psicoativas (aquelas com teor de THC igual ou inferior a 1%).

Os cultivos terão ainda que obedecer a requisitos de controle, tais como: rastreabilidade da produção, desde a aquisição da semente até o processamento final e o seu descarte; plano de segurança para a prevenção de desvios; além da presença de um responsĂĄvel técnico, que se responsabilizarĂĄ pelo controle constante dos teores de THC nas plantas.

O projeto também permite que o cultivo de Cannabis e a produção de derivados contendo canabinoides possa ser realizado pelas farmĂĄcias vivas do Sistema Único de SaĂșde (SUS) que, atualmente são responsĂĄveis pelo cultivo, coleta, processamento e armazenamento de plantas medicinais, usadas em tratamentos medicinais e fitoterĂĄpicos. Segundo Ducci, as farmĂĄcias vivas podem ser outra maneira de melhorar o acesso dos pacientes ao medicamento.

Cânhamo

O texto trata ainda do chamado uso industrial da Cannabis, pela comercialização de produtos derivados do cânhamo, uma versão da planta que não causa efeitos alucinógenos, devido a baixa concentração de THC encontrada.

De acordo com Ducci, o uso industrial da planta pode resultar na produção "desde a fibra, a celulose, a resina, passando pelos cosméticos, produtos de higiene pessoal, até suplementos e gĂȘneros alimentĂ­cios".

"Entendemos que o cânhamo industrial tem o potencial de abrir um novo segmento comercial no Brasil e se tornar uma nova matriz agrĂ­cola, uma vez que ele faz parte de um mercado mundial multibilionĂĄrio devido à sua versatilidade e visto que vĂĄrios paĂ­ses no mundo jĂĄ estão em estĂĄgio avançado nesse aspecto", disse.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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