PREFEITURA SANTANA

Câmara aprova MP que autoriza barreiras sanitĂĄrias em terras indĂ­genas

ACâmara dos Deputados aprovou hoje (27) a Medida Provisória 1027/21, que autoriza a Fundação Nacional do Índio (Funai) a planejar e montar barreiras sanitĂĄrias em ĂĄreas indĂ­genas

Por Redação em 27/05/2021 às 15:55:28

A Câmara dos Deputados aprovou hoje (27) a Medida Provisória 1027/21, que autoriza a Fundação Nacional do Índio (Funai) a planejar e montar barreiras sanitĂĄrias em ĂĄreas indĂ­genas. A medida tem por objetivo controlar o trânsito de pessoas e mercadorias para evitar o contĂĄgio e a disseminação da covid-19 na população local. O texto segue para apreciação do Senado.

O texto estabelece que as barreiras sanitĂĄrias sejam compostas por servidores pĂșblicos federais ou militares e que as ações serão aplicadas até 31 de dezembro de 2021.

A MP diz ainda que servidores pĂșblicos e militares dos estados, Distrito Federal e municĂ­pios também poderão compor as barreiras, desde que haja concordância do chefe do Poder Executivo, após solicitação ao ministro da Justiça e Segurança PĂșblica.

A medida foi votada após acordo entre parlamentares para que o relator, Nilto Tatto (PT-SP) rejeitasse em seu parecer todas as 98 emendas. A justificativa é de que a MP estĂĄ próxima de perder o prazo de validade, que termina em 1Âș de junho.

A proposta sofreu crĂ­ticas de deputados da oposição e da Ășnica representante indĂ­gena do Congresso, a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), que havia apresentado 14 emendas. Segundo a deputada, os recursos para barreiras sanitĂĄrias deveriam ser retirados da SaĂșde IndĂ­gena, e não da Funai.

"Hoje as barreiras sanitĂĄrias são formadas apenas por indĂ­genas, que não tem reconhecimento por seu serviço e são excluĂ­dos do pagamento de diĂĄrias", disse Joenia.

A deputada também criticou o fato de as comunidades indĂ­genas não terem sido consultadas a respeito da matéria. "A gente poderia melhorar o texto da medida provisória. As comunidades e organizações indĂ­genas dedicaram seu tempo para discutir a MP, com estudos", argumentou.

Tatto disse concordar com as crĂ­ticas da deputada, mas que a proximidade da perda do prazo de validade impôs a votação do texto sem emendas.

"Apesar de, em grande parte [as emendas], serem louvĂĄveis, optamos pela rejeição conjunta, para que não se prolongue o debate e se prejudique a tramitação da medida provisória, que deve ser aprovada com mĂĄxima urgĂȘncia", justificou.

Os deputados rejeitaram ainda uma emenda do PSB que pedia a inclusão dos quilombolas na MP. "Essas comunidades tĂȘm caracterĂ­sticas semelhantes e precisam ser protegidas", criticou o deputado Bira do Pindaré (PSB-MA).

O relator sugeriu ainda que as propostas apresentadas por Joenia e outros parlamentares sejam debatidas em um projeto de lei posterior. Entre os pontos levantados, estão a obrigação de o governo garantir aos Ă­ndios acesso a ĂĄgua potĂĄvel, distribuir materiais de higiene e desinfecção, ofertar leitos hospitalares e de terapia intensiva, e comprar ventiladores e mĂĄquinas de oxigenação sanguĂ­nea. A iniciativa foi apoiada pelo lĂ­der do governo na Câmara, depurado Ricardo Barros (PP-PR).

Fonte: AgĂȘncia Brasil

Comunicar erro

ComentĂĄrios

DETRAN AL