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Morreu neste sĂĄbado o ex-vice-presidente da RepĂșblica Marco Maciel

Morreu neste sĂĄbado (12), em BrasĂ­lia, o ex-senador e ex-vice-presidente da RepĂșblica Marco Maciel

Por Redação em 13/06/2021 às 00:38:52

Morreu neste sĂĄbado (12), em BrasĂ­lia, o ex-senador e ex-vice-presidente da RepĂșblica Marco Maciel. Pernambucano, seu nome esteve ligado à polĂ­tica brasileira por 45 anos.

Aos 80 anos, Marco Maciel convivia com a doença de Alzheimer desde 2014 e, em março deste ano, foi diagnosticado com covid-19. Ele voltou a ser internado esta semana devido a uma infecção bacteriana.

O velório serĂĄ hoje de 14h30 às 16h30 no salão Negro do Senado e o sepultamento às 17h30 na Ala dos Pioneiros do Cemitério Campo da Esperança, em BrasĂ­lia.

Além de ter sido senador por trĂȘs perĂ­odos - de 1983 a 1991, de 1991 a 1994 e de 2003 a 2011 – ele foi vice-presidente da RepĂșblica nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 1999 e de 1999 a 2003.

Também foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 18 de dezembro de 2003, como oitavo ocupante da Cadeira nÂș 39, na sucessão de Roberto Marinho.

Recebeu ainda tĂ­tulos de Cidadão HonorĂĄrio de 42 cidades brasileiras, a maioria delas em Pernambuco. A ele é atribuĂ­da a autoria de frases célebres como: "Tudo pode acontecer, inclusive nada".

Trajetória

Marco Antônio de Oliveira Maciel nasceu em Recife no dia 21 de julho de 1940. Casado com a socióloga Anna Maria Ferreira Maciel, foi pai de trĂȘs filhos e avô de quatro netos. Era formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e também foi professor e advogado.

Iniciou sua carreira polĂ­tica em 1963 ao ser eleito presidente da União Metropolitana dos Estudantes de Pernambuco, enquanto cursava Direito na UFPE. Elegeu-se em 1966 deputado estadual em Pernambuco pela Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação do governo militar.

Também pela Arena, foi deputado federal por dois mandatos, de 1971 a 1974 e de 1975 a 1978. Eleito presidente da CĂąmara dos Deputados em fevereiro de 1977, enfrentou em abril o fechamento provisório do Congresso pelo então presidente da RepĂșblica, Ernesto Geisel, sob o pretexto de implementar a reforma no Poder JudiciĂĄrio proposta pelo governo, cujo encaminhamento vinha sendo obstruĂ­do pela oposição.

No final de 1978, foi eleito pela Assembleia Legislativa de Pernambuco para o cargo de governador do estado, após indicação do presidente Ernesto Geisel, corroborada pelo sucessor de Geisel, general João Batista Figueiredo. Seu mandato terminou em 1982 e, no ano seguinte, chegou ao Senado.

Vice-PresidĂȘncia

Em 1994, Marco Maciel foi indicado pelo PFL para substituir o senador alagoano Guilherme Palmeira como vice-presidente na chapa de Fernando Henrique Cardoso. A candidatura de Palmeira havia sido inviabilizada após denĂșncia de favorecimento de empreiteira por meio de emendas ao Orçamento da União. Maciel havia sido um dos primeiros lĂ­deres de seu partido a defender o apoio do PFL ao nome de Fernando Henrique.

Em 1Âș de janeiro de 1995, Maciel tomou posse como vice-presidente da RepĂșblica. Com bom trĂąnsito no Congresso Nacional, foi designado por Fernando Henrique como articulador polĂ­tico do governo. Dessa forma, coube a Maciel coordenar as negociações em torno da aprovação das reformas constitucionais defendidas pelo novo governo, entre as quais se destacavam as reformas administrativa e fiscal voltada para o controle do deficit pĂșblico, a reforma da PrevidĂȘncia Social, a quebra do monopólio estatal sobre o petróleo e as telecomunicações, a reforma administrativa e a extinção dos obstĂĄculos à atuação de empresas estrangeiras no paĂ­s.

Em 1Âș de janeiro de 2003, deixou a vice-presidĂȘncia da RepĂșblica e, no mĂȘs seguinte, assumiu sua vaga no Senado por Pernambuco, eleito pelo PFL. Tendo apoiado o candidato José Serra (PSDB) nas eleições de 2002, vencidas por Luiz InĂĄcio Lula da Silva, Maciel passou a fazer oposição ao novo governo. Ainda em 2007, filiou-se ao Democratas (DEM), sigla que sucedeu o PFL.

Repercussão

A morte do ex-vice presidente repercutiu nas redes sociais. O conterrĂąneo Mendonça Filho, ex-ministro da Educação, lamentou a morte, assim como outros polĂ­ticos.

*Com informações da AgĂȘncia Senado.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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