PREFEITURA SANTANA

CCJ retoma discussão do projeto de demarcação de terras indĂ­genas

AComissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados retomou a discussão, hoje (23), do Projeto de Lei (PL) 490/2007, que dispõe sobre a competĂȘncia da União nas demarcações das terras indĂ­genas

Por Redação em 23/06/2021 às 19:47:35

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados retomou a discussão, hoje (23), do Projeto de Lei (PL) 490/2007, que dispõe sobre a competĂȘncia da União nas demarcações das terras indĂ­genas. Se aprovado pelo colegiado, o projeto seguirĂĄ para votação nos plenĂĄrios da Câmara e do Senado.

A reunião deliberativa do colegiado de ontem (22) foi cancelada após um confronto entre indĂ­genas e policiais militares do Distrito Federal no estacionamento do Anexo 2 da Câmara dos Deputados. Bombas de gĂĄs lacrimogĂȘneo foram lançadas contra os manifestantes, que atiravam pedras e outros objetos contra as forças de segurança.

Apresentada em 2007, pelo então deputado Homero Pereira, a proposta original questiona o Estatuto do Índio (Lei nÂș 6.001/1973) ao delegar ao Poder Executivo a exclusiva responsabilidade para demarcar terras indĂ­genas, sem a participação do Poder Legislativo.

O relator do projeto agora em tramitação, deputado Arthur Maia (DEM-BA), apresentou seu parecer no dia 16 de junho, estabelecendo um marco temporal para a demarcação das terras, ou seja, se o texto for aprovado, serão passĂ­veis de demarcação somente as ĂĄreas ocupadas pelos Ă­ndios até o dia 5 de outubro de 1988, ou as terras em renitente esbulho (perda do bem por violĂȘncia, clandestinidade ou precariedade). O projeto também prevĂȘ que a demarcação conte obrigatoriamente com a participação dos estados e municĂ­pios e a proibição da ampliação de terras indĂ­genas jĂĄ demarcadas.

Para o Conselho Indigenista MissionĂĄrio (Cimi), o projeto de lei afronta decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e a Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e, se aprovado, "inviabilizarĂĄ a demarcação de terras indĂ­genas e permitirĂĄ atividades como o agronegócio, mineração e construção de hidrelétricas em terras indĂ­genas demarcadas".

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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