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Empresa de TI vítima de ciberataque nos EUA calcula que outras 1.500 companhias foram afetadas

Kaseya, que oferece ferramentas de Tecnologia da Informação para negócios de todo o mundo, foi vítima de sequestro de dados

Por Redação em 06/07/2021 às 22:18:49
Kaseya via REUTERS

Kaseya via REUTERS

Kaseya, que oferece ferramentas de Tecnologia da Informação para negócios de todo o mundo, foi vítima de sequestro de dados. Entrada do escritório da empresa Kaseya, sediada em Miami, nos Estados Unidos

A Kaseya, empresa que que oferece ferramentas de Tecnologia da Informação (TI), calcula que cerca de 1.500 companhias em todo mundo tenham sido afetadas pelo ciberataque sofrido por ela na última sexta-feira (3), de acordo com informações divulgadas no site do grupo.

Os hackers que supostamente estão por trás do ataque utilizaram um ransomware e exigiram US$ 70 milhões como valor de resgate para liberar os dados na noite de domingo (4).

O ransomware é um tipo de vírus que impede o acesso às informações armazenadas em um dispositivo (leia mais abaixo).

A Kaseya presta serviços de informática para cerca de 40.000 empresas ao redor do mundo e indicou que os clientes das companhias que contrataram seu trabalho foram as principais vítimas do ataque virtual, em um efeito cascata.

"Entendemos que o impacto total até agora foi em menos de 1.500 empresas", declarou a Kaseya em uma atualização em seu site na noite de segunda-feira (5).

A estimativa é que apenas 60 de seus clientes foram afetados pelo ataque, segundo a agência de notícias AFP.

Os ciberataques com ransomware são feitos por meio de programas que exploram as brechas de segurança de uma empresa, ou de um indivíduo, para criptografar e bloquear seus sistemas informáticos. Exige-se, então, um resgate para desbloqueá-los.

De acordo com especialistas, o ataque teria sido executado por uma equipe de hackers russos.

O ataque atingiu clientes que usam o software VSA, exclusivo da Kaseya. O programa permite às empresas administrar redes de computadores e impressoras de um único ponto.

A Kaseya afirmou que está desenvolvendo uma "correção" para o VSA, para que seus serviços voltem a ficar on-line o mais rápido possível.

A previsão é que seja lançado 24 horas depois que os servidores da Kaseya, que fornecem o software, voltem a ficar on-line. Esta decisão será tomada ainda nesta terça-feira.

O FBI abriu uma investigação e está trabalhando com a Agência de Segurança de Infraestrutura e Cibersegurança dos Estados Unidos (CISA) e outras agências "para entender a escala da ameaça".

O presidente americano, Joe Biden, declarou no sábado que ordenou uma investigação, em particular para determinar se o ataque veio ou não da Rússia. "Ainda não temos certeza", disse.

Consequências

A rede de supermercados sueca Coop foi uma das vítimas indiretas do ciberataque. Desde sexta-feira, a empresa não consegue usar sua rede de caixas registradoras, já que a empresa para a qual terceirizou o serviço de informática, a Visma Esscom, foi vítima do ataque.

Especialistas em segurança cibernética identificaram empresas afetadas pelo ataque em pelo menos 17 países. Segundo o FBI, a escala do ataque é tão grande que pode ser "incapaz de responder a cada vítima individualmente".

O que é ransomware

VÍDEO: Ransomware - entenda como vírus é usado em extorsões

O ransomware é um tipo de vírus que impede o acesso às informações armazenadas em um dispositivo. Com isso, os cibercriminosos pretendem forçar a vítima a pagar para recuperarem o acesso ao sistema.

Um dos casos que mais chamaram a atenção teve como alvo a JBS, maior processadora de carnes do mundo. Após o ataque forçar a interrupção de algumas de suas operações na Austrália, no Canadá e nos Estados Unidos, a empresa aceitou pagar US$ 11 milhões em resgate.

LEIA MAIS: JBS diz que pagou US$ 11 milhões em resgate a ataque hacker em operações nos EUA

Para chegarem a esse ponto, os cibercriminosos levaram anos para melhorarem suas técnicas. Nos casos mais antigos, a ação tinha alvos indiscriminados e os valores dos resgates costumavam ser relativamente baixos.


Fonte: G1

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