PREFEITURA SANTANA

Campanha alerta para prevenção ao cĂąncer de cabeça e pescoço

A prĂłxima terça-feira (27) Ă© o Dia Mundial de Prevenção do CĂąncer de Cabeça e Pescoço e ponto alto da campanha Julho Verde

Por Redação em 25/07/2021 às 21:51:55

A próxima terça-feira (27) é o Dia Mundial de Prevenção do CĂąncer de Cabeça e Pescoço e ponto alto da campanha Julho Verde, de conscientização da sociedade sobre a importĂąncia da prevenção e diagnóstico precoce da doença.

Realizada anualmente ao longo do mĂȘs de julho, a campanha deste ano tem como slogan Desperte a Esperança, Venha para o Julho Verde. A iniciativa é promovida pela Associação de CĂąncer de Boca e Garganta (ACBG Brasil), em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) e apoio da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

Campanha Julho Verde

A ação deste ano conta com uma programação voltada ao pĂșblico em geral, incluindo lives (transmissões ao vivo) e conteĂșdos relevantes sobre prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. A mobilização pode ser vista pelos canais oficiais da campanha no Instagram e Facebook @acbgbrasil até 31 de julho.

A mensagem da campanha visa conscientizar a população sobre a importĂąncia do autocuidado e atenção aos primeiros sinais e sintomas da doença para obtenção de um diagnóstico precoce, ampliando as taxas de cura com menos sequelas.

Anualmente, o Instituto Nacional do CĂąncer (INCA) registra cerca de 40 mil novos casos de cĂąnceres de cabeça e pescoço, denominação genérica de tumores que se originam em regiões das vias aéreo-digestivas, como boca, lĂ­ngua, gengivas, bochechas, amĂ­gdalas, faringe, laringe e seios paranasais.

Fatores de risco

O tabagismo é o principal fator de risco para doença, explica o professor Carlos Takahiro Chone, médico otorrinolaringologista e coordenador do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL-CCF).

"O cigarro é o principal causador, principalmente quando associado ao ĂĄlcool. Dentadura mal adaptada também pode causar cĂąncer. Outro fator é sexo oral desprotegido, por causa de HPV".

Para esse fator existe a vacina contra o HPV (sigla em inglĂȘs para PapilomavĂ­rus Humano), um vĂ­rus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal) das pessoas, provocando verrugas anogenitais (na região genital e Ăąnus) e cĂąncer, a depender do tipo de vĂ­rus. A infecção pelo HPV é uma infecção sexualmente transmissĂ­vel (IST). "A vacina diminui o risco de desenvolver cĂąncer de garganta", completa o médico.

Alguns sinais ajudam a pessoa a identificar os primeiros sintomas da doença e a procurar atendimento médico. "Os principais sintomas são percebidos em pessoas que fumam ou bebem acima de 40 anos de idade, com ferida na boca por mais de 2 a 3 semanas, sem melhora. Rouquidão que não melhora neste mesmo perĂ­odo. Caroço no pescoço persistente hĂĄ mais de 2 ou 3 meses".

Sintomas

De acordo com a fundadora e presidente voluntĂĄria na ACBG Brasil, Melissa Ribeiro, até 2022 cerca de 45 mil pessoas no paĂ­s poderão perder parte de suas faces por causa do cĂąncer na cavidade oral. Ela alerta, ainda, que em média, 22.950 brasileiros correm o risco de perder a voz em consequĂȘncia de um cĂąncer de laringe.

Neste contexto, destaca-se o diagnóstico tardio. A cada quatro novos casos, trĂȘs chegam a estĂĄgio avançado da doença, resultando no óbito de cerca de 50% desta população. A orientação é procurar um médico ou dentista, caso sejam identificados um ou mais dos principais sintomas e sinais – ferida no rosto/boca que não cicatriza;

mancha avermelhada ou esbranquiçada na boca; dentes moles ou dor em torno deles; mudança na voz ou rouquidão; dificuldade/dor para mastigar ou engolir; caroço no pescoço; irritação ou dor na garganta; e mau hĂĄlito frequente – que durem por duas semanas ou mais

Sequelas

Mesmo após o tratamento, que pode ser realizado com cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia, o cĂąncer de cabeça e pescoço pode causar sequelas irreversĂ­veis.

"Os pacientes enfrentam desafios como deformação da face e do pescoço, diminuição do paladar e olfato, perdas funcionais como fala, respiração, mastigação, deglutição, audição e visão, que afetam sua qualidade de vida", ressalta Melissa Ribeiro. Existe, ainda, a dificuldade de reinserção social e de reabilitação destes pacientes, causada pela falta de informação e de polĂ­ticas pĂșblicas voltadas a esta questão, conclui.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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