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Aparelho respiratório permite terapia em casa para casos pós-covid-19

Um novo aparelho que facilita a terapia muscular respiratória (TMR) - que anteriormente podia ser feita apenas em hospitais - foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Por Redação em 10/08/2021 às 20:48:50

Um novo aparelho que facilita a terapia muscular respiratória (TMR) - que anteriormente podia ser feita apenas em hospitais - foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O exercĂ­cio com o aparelho é necessĂĄrio em casos de dispneia, que ocorre, normalmente, em pacientes que apresentam fraqueza nos mĂșsculos usados na respiração.

"[As equipes médicas] tiveram acesso a um equipamento importado, um dispositivo descartĂĄvel, de um custo em torno de R$ 200", explica Éder Sócrates Najar Lopes, do Departamento de Manufatura e Materiais, da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) da Unicamp. O novo aparelho, feito de plĂĄstico, borracha e aço inoxidĂĄvel, tem custo de produção estimado em cerca de R$ 50.

Os pesquisadores explicam que o aparelho é indicado para reabilitação de pacientes com doenças que impactam na oxigenação do sangue, como câncer de pulmão, asma e enfisema pulmonar. A nova tecnologia para a TMR é Ăștil no tratamento de pacientes pós-covid, quando, muitas vezes, a dispneia se mantém mesmo após a cura. A fisioterapia respiratória ajuda na recuperação desses casos.

De acordo com o professor, o equipamento não é descartĂĄvel. "A primeira demanda era para tornar ele reutilizĂĄvel. Isso passa [pelo fato de] que a pessoa consiga desmontar, higienizar, montar, então tem que ser bem fĂĄcil, bem simples", explica Lopes. Ele afirma também que, pelas dificuldades de higienização e custo, o uso desse dispositivo ficava restrito aos pacientes que estavam no Hospital das ClĂ­nicas.

Lopes compara o novo produto a um aparelho de inalação. "Quando eu era criança, para fazer inalação, tinha que fazer no hospital ou na farmĂĄcia. Hoje, ele jĂĄ estĂĄ nas residĂȘncias, de fĂĄcil operação", explica. A AgĂȘncia de Inovação Inova Unicamp depositou um pedido de patente no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (Inpi).

Os próximos passos envolvem testes clĂ­nicos. Grupos de 30 pacientes do Hospital das ClĂ­nicas da Unicamp que tenham doenças ocupacionais, doenças obstrutivas crônicas e tabagistas, serão acompanhados por 12 semanas em que farão uso do aparelho. O estudo ainda depende de aprovação e financiamento.

Além da Faculdade de Engenharia Mecânica e do Hospital das ClĂ­nicas, o projeto envolveu pesquisadores da Faculdade de Engenharia QuĂ­mica (FEQ) da Unicamp.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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