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Dia Mundial do Coração: Saiba o que Ă© a endocardite e como preveni-la

A endorcadite provoca uma inflamação na membrana que reveste a parede interna do coração e as vĂĄlvulas cardĂ­acas

Por Thallysson Alves em 29/09/2021 às 20:30:08
Carla Cleto

Carla Cleto

No Dia Mundial do Coração, celebrado nesta quarta-feira (29), o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, faz um alerta sobre a endocardite, uma doença perigosa, que provoca uma inflamação na membrana que reveste a parede interna do coração e as vĂĄlvulas cardíacas. Ela pode ter procedĂȘncia infecciosa e não infecciosa, mas, a mais frequente é a causada por bactérias e, lamentavelmente, proveniente de descuidos com a higiene – principalmente na boca.

No HGE é frequente a admissão de crianças com essa doença, que exige o tratamento com antibióticos por vĂĄrias semanas. M. J. A. S. tem 12 anos de idade. Diagnosticado com a endocardite, durante a realização de um ecocardiograma de rotina na Casa do Coraçãozinho, ele foi encaminhado ao HGE para receber assistĂȘncia especializada.

"Ele jĂĄ é cardiopata desde que nasceu e faz acompanhamento na Casa do Coraçãozinho. Com a pandemia, confesso que não pude levĂĄ-lo com a mesma frequĂȘncia de antes. Mas, ainda assim, chegamos a fazer, no ano passado, alguns exames, e o médico indicou uma cirurgia de correção. É que ele tem o sopro no coração, por isso o cardiologista indicou a cirurgia", explicou a mãe do garoto, Jessica Araújo Felix, de 25 anos, que é desempregada e reside na Vila Brejal, em Maceió.

Segundo a pediatra Ana Carolina Ruela, entre os principais fatores etiológicos da endocardite bacteriana estão às infecções de origem bucal, principalmente dentĂĄria. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstraram uma alta taxa de mortalidade nestes casos, uma vez que em torno de 20% dos pacientes não sobrevivem. No Brasil, estatísticas publicadas pelo Instituto do Coração indicam que 40% dos casos de endocardite bacteriana apresentam como fator desencadeante os processos infecciosos, principalmente com origem de gengivites ou periodontites.

"É importante que a mãe observe como estĂĄ a escovação dos dentes de seus filhos e se as gengivas estão saudĂĄveis", orienta a pediatra do HGE, Ana Carolina Ruela.

"É importante que a mãe observe como estĂĄ a escovação dos dentes de seus filhos e se as gengivas estão saudĂĄveis. Também é importante atentar-se aos sinais de infecções na pele, no intestino e até as que possam ser causadas após o uso de cateteres ou agulhas. Outro ponto fundamental é manter a regularidade dos tratamentos e dos check-ups, com o médico, com o dentista e com os demais profissionais recomendados", aconselhou a pediatra.

No HGE, o filho de Jessica estĂĄ internado desde o último dia 2, mas, com a evolução positiva do tratamento médico, a previsão de alta é próxima. No entanto, durante a realização dos exames, além da endocardite e a Comunicação Interventricular, foi diagnosticada a Síndrome de Williams, caracterizada quando o menor apresenta "face de gnomo ou fadinha", nariz pequeno e empinado, cabelos encaracolados, lĂĄbios cheios, dentes pequenos e sorriso frequente. A criança normalmente também apresenta problemas de coordenação e equilíbrio e atraso psicomotor.

"Com mais esse diagnóstico, a mãe precisa redobrar a atenção acerca do desenvolvimento cognitivo, comportamental e motor. É necessĂĄrio monitorar, com freqĂŒĂȘncia, pressão arterial, principalmente ele que jĂĄ apresenta problemas cardíacos. Também é preciso, com a Atenção BĂĄsica, o agendamento de consulta com o otorrinolaringologista e nefrologista, além dos cuidados de um psicólogo para melhorar o comportamento e os estudos na escola", pontuou a médica.

Fonte: saude.al.gov.br

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