PREFEITURA SANTANA

Presidente diz que valor de auxĂ­lio foi decidido com responsabilidade

Guedes e Bolsonaro fizeram um pronunciamento à imprensa, após a repercussão negativa do reajuste no programa, que vai demandar recursos extras alĂ©m do que permite a regra do teto de gastos

Por Redação em 22/10/2021 às 20:07:27

Em pronunciamento ao lado do ministro da Economia Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro argumentou que o agravamento da inflação, em decorrĂȘncia da pandemia, piorou a condição de vida das pessoas mais pobres e, por isso, o governo decidiu aumentar o valor do programa AuxĂ­lio Brasil, sucessor do Bolsa FamĂ­lia.

"Agravou-se a questão da inflação chegando aos dois dĂ­gitos. Isso não é exclusivo do Brasil, o mundo todo vive esse problema, como o Reino Unido, por exemplo, a Europa quase como um todo. Acompanhamos o aumento de preço nos Estados Unidos. E o Brasil é um dos paĂ­ses que, na economia, é um dos que menos estĂĄ sofrendo", destacou o presidente em discurso na sede do Ministério da Economia, na tarde de hoje (22).

"Agora, contudo, tem uma massa de pessoas que são os mais necessitados. Hoje em dia, em torno de 16 milhões de pessoas, que estão no Bolsa FamĂ­lia, cujo ticket médio estĂĄ na casa dos R$ 192. E a gente vĂȘ esse valor completamente insuficiente para o mĂ­nimo. Assim sendo, com responsabilidade, vĂ­nhamos estudando hĂĄ meses essa questão, onde chegou-se a um valor. Deixo muito claro a todos os senhores: esse valor, decidido por nós, tem responsabilidade. Não faremos nenhuma aventura. Não queremos colocar em risco nada no tocante à economia", acrescentou.

Guedes e Bolsonaro fizeram um pronunciamento à imprensa, após a repercussão negativa do reajuste no programa, que vai demandar recursos extras além do que permite a regra do teto de gastos. De acordo com o governo federal, o AuxĂ­lio Brasil começarĂĄ a ser pago em novembro com um valor mĂ­nimo médio de R$ 400 por famĂ­lia, até o final do ano que vem. Desse valor, R$ 100 correspondem ao aporte extra fora do teto.

Desde que foi anunciado, o reajuste do programa, que exigirĂĄ R$ 30 bilhões em recursos extras que excedem o limite fiscal, causou atritos dentro da ĂĄrea econômica do governo e gerou crĂ­ticas de setores econômicos como o mercado financeiro.

Ontem (21), o secretĂĄrio especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretĂĄrio do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram exoneração de seus cargos. Recentemente, Funchal e Bittencourt haviam se manifestado contrĂĄrios a quaisquer medidas que flexibilizem o teto federal de gastos, seja para renovar o auxĂ­lio emergencial, seja para ampliar o Bolsa FamĂ­lia e criar o AuxĂ­lio Brasil.

A crise polĂ­tica repercutiu negativamente nos negócios da Bolsa de Valores (B3), que chegaram a registrar queda de 4% pela manhã, mas melhorou durante a tarde. JĂĄ o dólar comercial chegou a bater em R$ 5,73, caindo depois para R$ 5,65 ao longo da tarde.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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