PREFEITURA SANTANA

Governo pede abertura de crĂ©dito de R$ 9,4 bilhões para AuxĂ­lio Brasil

Em nota, a Secretaria-Geral da PresidĂȘncia explicou que a proposta remaneja o saldo do Bolsa FamĂ­lia para o novo programa social. Os recursos são em favor do MinistĂ©rio da Cidadania

Por Redação em 25/10/2021 às 12:35:00

O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei (PL) que pede a abertura de crédito especial de R$ 9,4 bilhões para o Programa AuxĂ­lio Brasil. O despacho do presidente Jair Bolsonaro foi publicado hoje (25) no DiĂĄrio Oficial da União.

Em nota, a Secretaria-Geral da PresidĂȘncia explicou que a proposta remaneja o saldo do Bolsa FamĂ­lia para o novo programa social. Os recursos são em favor do Ministério da Cidadania.

InstituĂ­do pelo governo em agosto, por meio da Medida Provisória nÂș 1.061/2021, o AuxĂ­lio Brasil substitui o Bolsa FamĂ­lia, que serĂĄ extinto em novembro. O inĂ­cio dos pagamentos do novo programa coincide com o fim do auxĂ­lio emergencial, lançado no ano passado para apoiar famĂ­lias vulnerĂĄveis durante a pandemia e que terĂĄ a Ășltima parcela creditada este mĂȘs de outubro.

"O remanejamento evitarĂĄ a esterilização de recursos orçamentĂĄrios destinados à transferĂȘncia de renda, que representa um dos instrumentos mais importantes de proteção social no paĂ­s", diz a nota.

Normas constitucionais

Ainda de acordo com a PresidĂȘncia, o projeto de lei "estĂĄ de acordo com a normas constitucionais e infraconstitucionais que regem a matéria, de modo que não afeta a regra de ouro, tampouco o Novo Regime Fiscal (EC 95/2016) [teto de gastos], e é compatĂ­vel com a obtenção da meta de resultado primĂĄrio, prevista na Lei de Diretrizes OrçamentĂĄrias (LDO) para o exercĂ­cio de 2021".

A regra de ouro estabelece que o governo só pode emitir dĂ­vida pĂșblica para rolar (renovar) a própria dĂ­vida ou para cobrir despesas de capital, como investimentos em obras pĂșblicas e amortizações.

Para cobrir gastos correntes, o governo precisa pedir autorização ao Congresso. JĂĄ o teto de gastos limita o aumento das despesas federais ao aumento da inflação do ano anterior, calculado de julho do ano anterior a junho do ano atual.

O déficit primĂĄrio representa o resultado negativo nas contas do governo desconsiderando os juros da dĂ­vida pĂșblica. A estimativa de resultado negativo em 2021 é de R$ 139,4 bilhões (1,6% do PIB). A meta determinada pela LDO é de R$ 247,1 bilhões para o Governo Central, com a possibilidade de abatimento até R$ 40 bilhões de gastos relacionados ao enfrentamento da pandemia de covid-19.

Valor médio de R$ 400

O AuxĂ­lio Brasil deverĂĄ ser ampliado para 17 milhões de beneficiĂĄrios, com um valor mĂ­nimo médio de R$ 400 por famĂ­lia, até o final do ano que vem. Desse valor, R$ 100 correspondem a aporte extra, fora do teto de gastos, em um total de R$ 30 bilhões. O valor médio do Bolsa FamĂ­lia, hoje, é de R$ 189.

Para isso, o governo encaminhou ao Congresso, na semana passada, uma proposta que muda o perĂ­odo de cĂĄlculo do teto de gastos, de janeiro a dezembro do ano atual, para acomodar o benefĂ­cio de R$ 400 do AuxĂ­lio Brasil que vigorarĂĄ até o fim de 2022. Com a subida da inflação nos Ășltimos meses, a medida darĂĄ uma folga no teto de gastos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial, acumula alta de 6,90% até setembro.

A proposta original do Projeto da Lei OrçamentĂĄria de 2022 (PLOA), enviada no fim de agosto, previa déficit primĂĄrio de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano. Com o impacto do AuxĂ­lio Brasil, o texto terĂĄ de ser alterado na Comissão Mista de Orçamento do Congresso (CMO).

Fonte: EBC

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