PREFEITURA SANTANA

Investigação da Operação Acesso Pago Ă© enviada ao STF

Com a decisão, a ministra CĂĄrmen LĂșcia deverĂĄ analisar se a investigação prosseguirĂĄ no Supremo ou haverĂĄ o fatiamento do inquĂ©rito entre a Corte e a vara federal

Por Redação em 24/06/2022 às 20:31:12

O juiz Renato Borelli, da 15ÂȘ Vara Federal do Distrito Federal, decidiu enviar a investigação da Operação Acesso Pago para o Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com decisão proferida ontem (23) pelo magistrado, hĂĄ a presença de "ocupante de cargo com prerrogativa de foro" e o caso não poderĂĄ continuar na primeira instância da Justiça.

Com a decisão, a ministra CĂĄrmen LĂșcia deverĂĄ analisar se a investigação prosseguirĂĄ no Supremo ou haverĂĄ o fatiamento do inquérito entre a Corte e a vara federal.

Antes de chegar à primeira instância, a investigação começou a tramitar no Supremo, mas foi enviada ao juiz Borelli após o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro deixar o cargo.

A operação foi deflagrada na quarta-feira (22) para apurar o suposto trafico de influĂȘncia e corrupção na liberação de recursos pĂșblicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

Na operação, além de Milton Ribeiro, foram presos os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos e mais dois suspeitos. Ontem, todos foram soltos por determinação do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ÂȘ Região (TRF1), que concedeu um habeas corpus a pedido da defesa.

Defesa

Em nota, a defesa de Milton Ribeiro declarou que recebeu com surpresa a decisão que enviou a investigação para o STF e afirmou que a medida poderĂĄ tornar as decisões da investigação nulas.

"O advogado Daniel Bialski, que patrocina a defesa do ex-ministro Milton Ribeiro, esclarece que recebeu com surpresa a decisão judicial de remessa dos autos da investigação contra seu cliente novamente para o Supremo Tribunal Federal.

Observando o ĂĄudio citado na decisão, causa espécie que se esteja fazendo menção a gravações/mensagens envolvendo autoridade com foro privilegiado, ocorridas antes da deflagração da operação. Se assim o era, não haveria competĂȘncia do juiz de primeiro grau para analisar o pedido feito pela autoridade policial e, consequentemente, decretar a prisão preventiva.

A defesa ainda analisarĂĄ tudo e o todo que foi anexado aos autos, se lhe for franqueada vista da Ă­ntegra da documentação. Todavia, se realmente esse fato se comprovar, atos e decisões tomadas são nulos por absoluta incompetĂȘncia e somente reforça a avaliação de que estamos diante de ativismo judicial e, quiçĂĄ, abuso de autoridade, o que precisarĂĄ também ser objeto de acurada anĂĄlise", diz o comunicado.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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