O Brasil registra, até o momento, 978 casos confirmados da varĂola dos macacos, segundo dados do Ministério da SaĂșde, divulgados hoje (28). Os casos estão concentrados nos estados de São Paulo (744), Rio de Janeiro (117), Minas Gerais (44), ParanĂĄ (19), GoiĂĄs (13), Bahia (5), CearĂĄ (4), Rio Grande do Sul (3), Rio Grande do Norte (2), EspĂrito Santo (2), Pernambuco (3), Tocantins (1), Mato Grosso (1), Acre (1), Santa Catarina (4) e no Distrito Federal (15).
Segundo o ministério, estĂĄ sendo executada uma articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes.
A varĂola dos macacos foi declarada emergĂȘncia de saĂșde pĂșblica de interesse internacional pela Organização Mundial de SaĂșde (OMS), no sĂĄbado (23).
A decisão foi tomada baseado no aumento de casos em vĂĄrios paĂses, o que aumenta o risco de uma disseminação internacional.
A varĂola causada pelo vĂrus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglĂȘs) provoca uma doença mais branda do que a varĂola smallpox, que foi erradicada na década de 1980.
Trata-se de uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfĂcies utilizadas pelo doente.
Não hĂĄ tratamento especĂfico, mas os quadros clĂnicos costumam ser leves, sendo necessĂĄrios o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metĂĄstase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.
Fonte: AgĂȘncia Brasil