O governo de São Paulo anunciou hoje (4) o lançamento de um plano de enfrentamento à varĂola dos macacos. Por meio da chamada Rede EmĂlio Ribas de Combate à Monkeypox serão disponibilizados 93 hospitais e maternidades, protocolos de diagnóstico e assistĂȘncia, rede credenciada de laboratórios para testagem e vigilância genômica, serviço de orientação por telefone 24h para profissionais de saĂșde, intensificação de ações de capacitação e a criação do Centro de Controle e Integração formado por 24 especialistas.
Os hospitais de referĂȘncia darão retaguarda para os casos mais graves com necessidade de internação de pacientes e leitos de isolamento ou Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Além do Instituto de Infectologia EmĂlio Ribas, maior centro de tratamento de doenças infectocontagiosas da América Latina, com unidades na capital paulista e no GuarujĂĄ, serão referĂȘncia no atendimento os hospitais universitĂĄrios, como o Hospital das ClĂnicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e o Hospital das ClĂnicas de Ribeirão Preto, e os hospitais gerais próprios do estado.
Para as gestantes diagnosticadas com a varĂola dos macacos haverĂĄ um protocolo especial, garantindo a elas o acompanhamento pelos municĂpios e a indicação para o parto em uma unidade de saĂșde de alto risco. Todas as maternidades deste tipo no estado serão referĂȘncia para os casos da doença. Nesses casos, o pré-natal serĂĄ de alto risco e o parto terĂĄ indicação de cesĂĄrea.
"O objetivo central é somar esforços e integrar as instituições e centros de excelĂȘncia para promover ações estratégicas de prevenção e cuidado, levando em consideração o aprendizado diante dos Ășltimos enfrentamentos de endemias e pandemias. O Estado de São Paulo estĂĄ preparado para responder de maneira ĂĄgil a esse novo desafio", disse o secretĂĄrio de CiĂȘncia, Pesquisa e Desenvolvimento em SaĂșde, David Uip.
A rede envolve ainda a vigilância laboratorial e genômica do vĂrus por laboratórios pĂșblicos e privados, sob o comando do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e do Instituto Adolfo Lutz e credenciarĂĄ outros laboratórios do estado para a realização de exames de PCR em tempo real e RT-PCR para detecção do DNA do vĂrus.
Como forma de assessorar as ações do governo estadual foi criado um grupo formado por 24 especialistas de diferentes instituições, entre cientistas, epidemiologistas, virologistas, infectologistas e professores universitĂĄrios, denominado Centro de Controle e Integração (CCI). A missão é a de estudar e projetar os cenĂĄrios epidemiológicos, propor medidas e identificar oportunidades para o desenvolvimento de vacinas e prospecção de tratamentos eficazes para combater a doença.
Também serão realizadas pela rede ações de comunicação educativa para a população de todo o Estado de São Paulo, com foco na prevenção e na identificação de sinais e sintomas sugestivos de varĂola dos macacos.
"Este conjunto de ações desenvolvidas pelas equipes das duas Secretarias de Estado são fundamentais para o enfrentamento da doença em São Paulo. São diretrizes importantes e que auxiliam toda a rede de saĂșde e a população, evitando agravamentos pela doença e a ampliação da transmissão em SP", afirmou o secretĂĄrio de Estado da SaĂșde, Jean Gorinchteyn.
Segundo o governo estadual, até o momento hĂĄ 1.298 casos confirmados da doença em todo o estado, dos quais 1.058 estão na região metropolitana de São Paulo. Pelo menos cinco são crianças de até cinco anos de idade e duas grĂĄvidas. Todos estão isolados, bem e sendo monitorados.
Fonte: AgĂȘncia Brasil