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Rio registra segunda morte de infectado pela varĂ­ola dos macacos

Paciente tinha 31 anos e estava internado hĂĄ mais de um mĂȘs

Por Redação em 03/10/2022 às 21:02:33

A Secretaria de SaĂșde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confimou hoje (3) a segunda morte de um paciente infectado pela varĂ­ola dos macacos no estado em decorrĂȘncia da doença. A vĂ­tima é um homem de 31 anos, morador de Mesquita, que estava internado hĂĄ mais de um mĂȘs na capital fluminense.

O paciente deu entrada no Instituto Nacional de Infectologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no dia 31 de agosto e, dois dias, depois foi transferido para o Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, onde se encontrava desde então.

Segundo a SES-RJ, o homem apresentava baixa imunidade e comorbidades que agravaram o quadro da doença. Ele foi tratado com o medicamento experimental tecovirimat, o que resultou em melhora parcial das lesões, mas, no sĂĄbado (1Âș), sofreu parada respiratória e morreu.

Conhecida internacionalmente como monkeypox, a varĂ­ola dos macacos é endĂȘmica em regiões da África e se tornou uma preocupação sanitĂĄria devido à disseminação para diversos paĂ­ses desde maio. A doença é causada por um poxvĂ­rus do subgrupo orthopoxvĂ­rus, assim como ocorre por outras doenças como a cowpox e a varĂ­ola humana, erradicada no Brasil em 1980 após campanhas massivas de vacinação.

A varĂ­ola dos macacos foi descrita pela primeira vez em 1958. Na época, também se observava o acometimento de macacos, que morriam. Vem daĂ­ o nome da doença. No entanto, no ciclo de transmissão, os macacos são vĂ­timas como os humanos. Na natureza, roedores silvestres provavelmente representam o reservatório animal do vĂ­rus.

Entre pessoas, a transmissão ocorre por contato direto, como beijo ou abraço, ou por feridas infecciosas, crostas ou fluidos corporais, além de secreções respiratórias. O sintoma mais caracterĂ­stico é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele. Além dessas lesões, podem ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.

De acordo com a SES-RJ, 1.064 casos jĂĄ foram confirmados no estado e 507 são considerados provĂĄveis ou suspeitos. Segundo boletim divulgado na sexta-feira (30) pelo Ministério da SaĂșde, o paĂ­s tem 7.869 ocorrĂȘncias confirmadas e 4.905 suspeitas.

Até então, havia apenas duas mortes registradas: uma em Minas Gerais e uma no Rio de Janeiro. Em todo o mundo, foram reportados mais de 61 mil casos e 23 mortes. Em julho, a Organização Mundial da SaĂșde (OMS) declarou a varĂ­ola dos macacos emergĂȘncia de saĂșde pĂșblica de interesse internacional.

Embora o Ă­ndice de letalidade seja baixo e as defesas do próprio organismo geralmente sejam capazes de combater e eliminar o vĂ­rus, hĂĄ risco de agravamento, principalmente para pessoas imunossuprimidas com HIV/aids, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes, crianças com menos de 8 anos de idade e pacientes com leucemia, linfoma ou metĂĄstase. Como prevenção, a pessoa acometida deve ficar isolada até que todas as feridas tenham cicatrizado. Também é recomendado evitar contato com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado.

As vacinas para a varĂ­ola humana são eficazes para combater o surto da varĂ­ola dos macacos, mas não hĂĄ, por enquanto, previsão quanto a uma campanha de imunização em massa, tendo em vista a necessidade de produção de doses em escala mundial. Conforme recomenda a OMS, devem ter prioridade profissionais de saĂșde e pesquisadores laboratoriais. Em agosto, a AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) deu aval à importação do imunizante pelo Brasil.

Edição: NĂĄdia Franco

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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