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Governo quer adiantar recrutamento de médicos para distritos indígenas

Informação foi divulgada hoje pelo MinistĂ©rio da SaĂșde

Por Agência Brasil - Brasília em 22/01/2023 às 21:39:59
© Marcello Casal JrAgência Brasil

© Marcello Casal JrAgência Brasil

O Ministério da SaĂșde informou, neste domingo (22), que estuda acelerar a publicação de um edital do Programa Mais Médicos para recrutar profissionais, tanto formados no Brasil quanto no exterior, para atuação em território Yanomami. A medida é uma das ações da Sala de Situação, criada para apoiar ações de enfrentamento à desassistĂȘncia sanitĂĄria dos povos Yanomami.

"TĂ­nhamos um edital só para brasileiros. Só em seguida que farĂ­amos um edital para brasileiros formados no exterior e, depois, para estrangeiros. Frente à necessidade de levarmos assistĂȘncia à população dos distritos indĂ­genas, especialmente aos Yanomami, queremos fazer um edital em que todos se inscrevam de uma Ășnica vez", explica o secretĂĄrio de Atenção PrimĂĄria à SaĂșde, Nésio Fernandes.

Segundo o secretĂĄrio, com o edital Ășnico, quando esgotarem as vagas para brasileiros, aquelas remanescentes automaticamente irão para os brasileiros formados no exterior. Persistindo a vacância, as vagas irão para estrangeiros que queiram participar, de modo que haja um processo mais célere. A ideia é otimizar o trabalho e suprir o atendimento nos distritos indĂ­genas.

De acordo com a pasta, o governo federal vai garantir recursos para um edital em andamento, em que hĂĄ 77 médicos alocados na região Yanomami. O Distrito SanitĂĄrio Especial IndĂ­gena Yanomami é um dos que mais carece de profissionais entre os territórios, com apenas 5% das vagas ocupadas. Por isso, a necessidade de um novo edital formulado jĂĄ a partir desta semana, contemplando a necessidade da saĂșde indĂ­gena.

Abandono

Desde a Ășltima segunda-feira (16), equipes do Ministério da SaĂșde se encontram na região Yanomami, território indĂ­gena com mais de 30 mil habitantes. O grupo se deparou com crianças e idosos em estado grave de saĂșde, com desnutrição acentuada, além de muitos casos de malĂĄria, infecção respiratória aguda (IRA) e outros agravos.

Em visita à região neste sĂĄbado (21), o presidente Lula afirmou que a situação dos povos Yanomami, em Roraima, é desumana. Lula esteve em Boa Vista e viu de perto a crise sanitĂĄria que atinge os indĂ­genas. A situação jĂĄ levou à morte 570 crianças nos Ășltimos anos, sendo que 505 tinham menos de 1 ano. No ano de 2022, foram registrados 11.530 casos confirmados de malĂĄria na terra Yanomami.

Atualmente, cerca de 700 indĂ­genas estão sendo atendidos na casa de apoio, a maioria crianças com desnutrição grave. Umas das ações prioritĂĄrias, para o presidente, é organizar a rede logĂ­stica para o transporte de suprimentos e das pessoas entre as aldeias e a cidade, como a melhoria de pistas de pouso de aeronaves em regiões mais próximas às comunidades.

Edição: Nélio Neves de Andrade

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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