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Profissionais da enfermagem fazem ato por valorização da categoria

Cerca de 150 pessoas participaram de caminhada em BrasĂ­lia

Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil - Brasília em 21/05/2023 às 18:30:41
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Profissionais da enfermagem se reuniram, neste domingo (21), em BrasĂ­lia, em um ato pela valorização das categorias que atuam no setor. A caminhada encerrou a 84ÂȘ Semana Brasileira de Enfermagem, com o objetivo de mostrar a importância do trabalho das equipes multidisciplinares no cuidado em saĂșde e para a humanização do atendimento à população.

O evento foi organizado pela Associação Brasileira de Enfermagem Seção DF (Aben-DF), Sindicatos dos Enfermeiros do DF (SindEnfermeiro-DF), Sindicato dos Técnicos em Enfermagem (Sindate-DF) e Conselho Regional de Enfermagem (Coren-DF). Cerca de 150 enfermeiros, enfermeiras, técnicos e técnicas e estudantes de enfermagem participaram da caminhada.

Para o SindEnfermeiro-DF, o momento é de celebrar as conquistas acumuladas pela categoria e "renovar as energias para as novas lutas". Entre elas, estão a cobrança por mais recursos para o Sistema Único de SaĂșde (SUS) e a vigilância pelo pagamento do piso salarial da categoria.

No Ășltimo dia 12 de maio, o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva sancionou lei abrindo crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o pagamento do novo piso nacional dos trabalhadores da enfermagem. A medida, entretanto, enfrenta resistĂȘncia de estados e municĂ­pios que alegam que os recursos ainda não são suficientes.

Em setembro do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) LuĂ­s Roberto Barroso suspendeu o piso salarial nacional para esclarecimentos sobre o impacto financeiro da lei que instituiu o valor. Na Ășltima semana, Barroso liberou o pagamento, após a abertura do crédito especial.

O novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela Lei nÂș 14.434/2022. Técnicos de enfermagem recebem, no mĂ­nimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). O piso vale para trabalhadores dos setores pĂșblico e privado.

Entretanto, na decisão, o ministro entendeu que estados e municĂ­pios devem pagar o piso nacional da enfermagem nos limites dos valores que receberem do governo federal. Segundo os estados, o impacto nas contas locais é de R$ 10,5 bilhões e não hĂĄ recursos para suplementar o pagamento.

No caso da rede privada, diante do risco de demissões, o piso também deve ser pago, mas poderĂĄ ser negociado coletivamente entre empresas e sindicatos da categoria. Para os profissionais que trabalham para o governo federal, o piso deverĂĄ ser pago integralmente.

Dados do Conselho Federal de Enfermagem contabilizam mais de 2,8 milhões de profissionais do setor no paĂ­s, incluindo 693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de enfermagem e 1,66 milhão de técnicos de enfermagem, além de cerca de 60 mil parteiras.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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