PREFEITURA SANTANA

Pacheco pretende reunir lĂ­deres para analisar MP da desoneração

Presidente do Senado disse ter recebido MP com "estranheza"

Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília em 30/12/2023 às 14:32:55
© Lula Marques/ Agência Brasil

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O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quer reunir os líderes partidĂĄrios nos primeiros dias de janeiro para discutir a tramitação da medida provisória (MP) que instituiu uma reoneração gradual da folha de pagamentos. Em nota emitida na sexta-feira (29) à noite, Pacheco disse ter recebido com "estranheza" a MP que revogou a prorrogação da desoneração da folha para 17 setores da economia.

"Farei uma anĂĄlise apurada do teor da medida provisória com o assessoramento da consultoria legislativa do Senado Federal. Para além da estranheza sobre a desconstituição da decisão recente do Congresso Nacional sobre o tema, hĂĄ a necessidade da anĂĄlise técnica sobre os aspectos de constitucionalidade da MP", afirmou Pacheco.

Publicada na sexta-feira no DiĂĄrio Oficial da União, a MP derrubou a prorrogação, até 2027, da desoneração da folha para 17 setores da economia intensivos em mão de obra, instituída pelo Congresso após derrubada de veto do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva.

Além de estabelecer uma reoneração parcial, a MP limitou o uso de compensações tributĂĄrias (descontos em impostos a pagar) por empresas e instituiu a revisão do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado em 2021 para ajudar empresas afetadas pela pandemia de covid-19.

Uma eventual devolução da MP ao PalĂĄcio do Planalto dependerĂĄ do resultado da reunião de líderes, tanto da Câmara como do Senado.

"HĂĄ também um contexto de reação política à sua edição que deve ser considerado, de modo que também serĂĄ importante reunir os líderes das duas Casas para ouvi-los, o que pretendo fazer nos primeiros dias de janeiro. Somente depois de cumprir essas etapas é que posso decidir sobre a sua tramitação no Congresso Nacional ou não", acrescentou Pacheco na nota.

Na própria sexta-feira, a Frente Parlamentar do Empreendedorismo enviou um ofício a Pacheco em que pede a devolução da MP. Apesar de ter validade imediata, alguns pontos da MP, que preveem o aumento gradual das contribuições para a PrevidĂȘncia Social, só entrarão em vigor em abril. Isso ocorre por causa da regra da noventena, que estabelece prazo de 90 dias após a edição de uma MP ou sanção de projeto de lei, para o aumento de contribuições entrar em vigor.

Haddad

Ao anunciar as medidas, na última quinta-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, repetiu que a desoneração da folha aprovada pelo Congresso é inconstitucional. Segundo o ministro, a prorrogação, sem nenhuma medida de compensação, contraria a emenda constitucional da reforma da PrevidĂȘncia, que estabeleceu que o governo não poderia aprovar medidas que aumentem o déficit da PrevidĂȘncia Social.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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