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Apoio do BNDES permitiu à Fiocruz avançar na produção do IFA nacional

Dois projetos de desenvolvimento tecnológico e inovação do Centro Henrique Penna (CHP), parte do Complexo Tecnológico de Vacinas (CTV) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), receberam R$ 48,4 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em recursos não reembolsĂĄveis, por meio do Fundo TĂ©cnico e CientĂ­fico do banco (Funtec)

Por Redação em 11/06/2021 às 19:50:15

Dois projetos de desenvolvimento tecnológico e inovação do Centro Henrique Penna (CHP), parte do Complexo Tecnológico de Vacinas (CTV) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), receberam R$ 48,4 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em recursos não reembolsĂĄveis, por meio do Fundo Técnico e CientĂ­fico do banco (Funtec).

Segundo informou hoje (11) o banco, o apoio concedido pelo BNDES permitiu que a Fiocruz tivesse a infraestrutura necessĂĄria para a rĂĄpida incorporação da produção 100% nacional do ingrediente farmacĂȘutico ativo (IFA) da vacina AstraZeneca, contra a Covid-19, cujo contrato de transferĂȘncia tecnológica foi assinado em 1Âș de junho. De acordo com o BNDES, os investimentos reduzem a dependĂȘncia externa de tecnologia e favorecem a produção, no paĂ­s, de medicamentos biotecnológicos.

As instalações construĂ­das receberam recentemente, da AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa), a verificação da Condição Técnico Operacional (CTO) e o certificado de Boas PrĂĄticas de Fabricação (cBPF) para a produção do IFA.

Protótipos

A primeira operação do BNDES Funtec ao CHP foi contratada em 2007 e destinou R$ 30,1 milhões não reembolsĂĄveis para construção da planta de protótipos. Nessa ĂĄrea, são realizadas as fases finais do desenvolvimento de novos produtos, em escala industrial, englobando biofĂĄrmacos, vacinas e reativos para diagnóstico.

A segunda operação, contratada em 2014 e com previsão de conclusão em julho próximo, destinou R$ 18,3 milhões para equipar a planta de protótipos. A plataforma de processamento final da planta serĂĄ utilizada para o acréscimo de capacidade produtiva de vacina contra covid-19, fruto da parceria da Fiocruz com a empresa britânica AstraZeneca.

Autonomia

O diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz, MaurĂ­cio Zuma, considera que o financiamento recebido do Funtec foi fundamental para a operacionalização, desenvolvimento e absorção de tecnologia por Bio-Manguinhos, assegurando autonomia ao Brasil para a produção de biofĂĄrmacos e kits de diagnóstico da covid-19. "Graças a esse investimento, Bio-Manguinhos foi capaz de dar respostas rĂĄpidas nesse momento da pandemia, inicialmente com o escalonamento da produção do kit molecular para a covid-19 e, agora, com o inĂ­cio da produção do IFA nacional para a vacina", celebrou Zuma.

JĂĄ o superintendente da Área de Gestão PĂșblica e Socioambiental do BNDES, Julio Leite, ressaltou que o apoio não reembolsĂĄvel do BNDES à saĂșde teve sempre a preocupação de enfrentar desafios tecnológicos e lacunas de infraestrutura para o desenvolvimento de medicamentos e produtos estratégicos para o Sistema Único de SaĂșde (SUS). O objetivo, segundo enfatizou, é "aumentar o acesso da população a produtos nacionais mais inovadores". A planta de protótipos do CHP é a primeira planta biotecnológica da iniciativa pĂșblica do paĂ­s, salientou o BNDES.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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