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Estudo mostra que 55% dos alunos confiam na qualidade do ensino

O percentual de estudantes que confiam totalmente em seus professores cai a partir da metade do ensino mĂ©dio ao passar de 8,8% no 1Âș ano para 4,1% na 3ÂȘ sĂ©rie. Na rede pĂșblica, no 1Âș ano, o Ă­ndice de confiança chega a 22,8% e cai para 14,4% no Ășltimo

Por Redação em 08/10/2021 às 19:43:51

Estudo realizado entre abril e agosto deste ano com 2.312 adolescentes, pais e professores de escolas pĂșblicas e privadas mostrou que 55,2% dos estudantes confiam totalmente na qualidade da educação ofertada no Brasil e 72% deles avaliam que os professores fazem um bom trabalho, apesar de a confiança diminuir ao longo do ensino médio. Entre os pais, esse percentual é de 74,6%. Os dados são do estudo sobre clima escolar do Instituto Crescer "A confiança e o respeito e sua relação com o interesse para estudar na visão de estudantes, pais e professores do Ensino Médio".

O percentual de estudantes que confiam totalmente em seus professores cai a partir da metade do ensino médio ao passar de 8,8% no 1Âș ano para 4,1% na 3ÂȘ série. Na rede pĂșblica, no 1Âș ano, o Ă­ndice de confiança chega a 22,8% e cai para 14,4% no Ășltimo.

Pelo menos 25,2% dos alunos e 22,1% dos pais acreditam que os professores preferem os bons alunos, sendo que na escola pĂșblica esse nĂșmero chega a 73% entre os estudantes. A maioria dos professores, 98%, dizem que tratam todos os alunos da mesma maneira.

Quando questionados sobre o quanto se dedicam aos estudos, 67,2% dos alunos acreditam que fazem o seu melhor na maioria das vezes; 74,3% dos pais e 75% dos professores avaliam que buscam sempre fazer o melhor para dar apoio aos adolescentes.

Entretanto, ao serem perguntados sobre o que esperam do próprio futuro, 24% dos estudantes não conseguem nem imaginar como serĂĄ, percentual maior entre os alunos da rede pĂșblica (79%) do que entre os das escolas particulares (22%).

Segundo os dados apurados pelo Instituto Crescer, 34,1% dos estudantes investem na sua formação pela oportunidade de aprender coisas novas, sendo que 55,7% fazem apenas por acreditar que é importante para dar continuidade aos seus estudos e 23% acreditam que os relacionamentos estabelecidos ao longo da vida são o que valem para o sucesso futuro.

Para dar sequĂȘncia às suas formações, 71,7% dos estudantes creem que a melhor opção seja fazer um curso superior; 12,9% acreditam que sejam os cursos livres e 10,8% dão preferĂȘncia aos cursos técnicos.

Para a diretora técnica do Instituto Crescer e organizadora da pesquisa, Luciana Allan, os resultados estimulam a reflexão sobre o quanto as tendĂȘncias internacionais para a formação e desenvolvimento de pessoas estão sendo acompanhadas pelos brasileiros.

"Desenhar trilhas de aprendizagem personalizadas e investir em cursos de curta duração é o caminho que tem sido trilhado por muitos jovens ao redor do mundo que tĂȘm uma visão mais arrojada e entendem a dinamicidade imposta por um mercado cada vez mais global e competitivo, além dos avanços tecnológicos. SerĂĄ que estamos acompanhando essa evolução? Também é fundamental analisar se estão sendo criadas oportunidades de aprendizagem significativas aos estudantes, aquelas em que o conhecimento adquirido serĂĄ levado para a vida toda", disse.

De acordo com o estudo, a motivação e as perspectivas para o futuro são influenciadas pela escolaridade dos pais ou pelo tipo de escola onde o aluno estĂĄ. Ou seja, pais com menor escolaridade e oriundos de escolas pĂșblicas tendem a ver mais motivação nos filhos para estudar e percebem que fazem o melhor para apoiĂĄ-los em seu processo de aprendizagem. JĂĄ 43% dos pais com pós-graduação acreditam que seus filhos não tĂȘm motivação para estudar e 55% consideram que o apoio que dão é insuficiente.

Para 93,1% dos pais, os adolescentes terão sucesso na vida e 97% tĂȘm orgulho dos filhos. JĂĄ entre os estudantes, 68,2% acreditam que seus pais tĂȘm orgulho deles. Entre os que creem que os pais não se sentem orgulhosos, a maior parte (80%) vem de escolas pĂșblicas.

"Orgulho é sempre uma visão de futuro, tanto para pais como para estudantes. Pelos depoimentos percebemos que é algo atrelado aos resultados profissionais que alcançarão, fruto dos investimentos que fazem na sua formação hoje. Ou seja, o orgulho não é sobre o que esses estudantes são hoje, mas sobre o que eles podem ser no futuro", analisou Luciana.

Confiança no futuro

Para 19% dos alunos, apesar do cenĂĄrio de incertezas, é possĂ­vel confiar no futuro do Brasil. Entre os pais esse percentual é de 31,2% e entre os professores, de 33,3%. Dos 51,8% dos pais que não confiam no futuro do paĂ­s, 65% tĂȘm filhos matriculados na rede pĂșblica e 35% na rede particular.

"Confiança no futuro do Brasil é ainda um grande desafio para todos os entrevistados. A indagação que fazemos é sobre como a educação poderia colaborar para termos uma visão mais positiva e o que teria que ser feito para que pudéssemos alcançar um novo patamar que coloque o Brasil em destaque no cenĂĄrio nacional e internacional", afirmou Luciana.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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