O governo federal lançou nesta segunda-feira (25) o Programa Nacional de Crescimento Verde, coordenado pelos ministérios do Meio Ambiente e da Economia. A iniciativa tem como objetivo aliar a redução das emissões de carbono, conservação de florestas e uso racional de recursos naturais com geração de emprego verde e crescimento econômico.
"O Brasil detém a maior biodiversidade do mundo, uma das maiores ĂĄreas oceânicas e florestas nativas do planeta, caracterĂsticas que se traduzem em vantagens competitivas do paĂs como lĂder de uma nova agenda verde mundial", destacou o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, durante evento no PalĂĄcio do Planalto, que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e de ministros.
O anĂșncio ocorre a menos de uma semana do inĂcio da 26ÂȘ ConferĂȘncia sobre as Alterações ClimĂĄticas (COP26), que serĂĄ entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia. Trata-se do principal encontro da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre clima e meio ambiente, e deve reunir representantes de mais de 190 paĂses. A comitiva brasileira serĂĄ liderada pelo ministro do meio ambiente.
No inĂcio do mĂȘs, Leite havia dito que o Brasil apresentarĂĄ, na COP26, a meta de zerar o desmatamento ilegal antes de 2030, sem dar mais detalhes sobre como alcançar o objetivo. O mesmo compromisso jĂĄ havia sido antecipado pelo presidente Bolsonaro em abril.
Por meio de decreto, o governo criou o ComitĂȘ Interministerial sobre Mudança do Clima e Crescimento Verde, composto por 11 órgãos federais, e que vai deliberar sobre a aplicação de recursos oriundos de bancos pĂșblicos em projetos de conservação ambiental.
"Da mesma forma que o PPI [Programa de Parcerias de Investimentos] é um mecanismo de coordenação de investimentos na economia convencional, nós vamos ter agora nosso comitĂȘ de crescimento verde, que vai integrar esses ministérios, Agricultura, Meio Ambiente, Economia, mas também, fundamentalmente, os bancos pĂșblicos", afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo o que foi anunciado, o programa contarĂĄ com recursos nacionais e internacionais, pĂșblicos ou privados, reembolsĂĄveis e não reembolsĂĄveis, fundos de impacto e investimentos de risco na aceleração de projetos e iniciativas sustentĂĄveis.
Atualmente, de acordo com o governo, as linhas de crédito relacionadas a projetos ambientais oferecidas pelos bancos pĂșblicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), somam R$ 400 bilhões. Esses recursos contemplam projetos em ĂĄreas como: conservação e restauração florestal, saneamento, gestão de resĂduos, ecoturismo, agricultura de baixa emissão, energia renovĂĄvel, mobilidade urbana,transporte e logĂstica, tecnologia da informação e comunicação e infraestrutura verde.
Edição: Aline Leal
Fonte: AgĂȘncia Brasil