PREFEITURA SANTANA

Vice-presidente defende o fortalecimento de órgãos ambientais

O vice-presidente da RepĂșblica, Hamilton Mourão, defendeu, hoje (24), o fortalecimento de órgãos federais de fiscalização ambiental, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenovĂĄveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

Por Redação em 24/11/2021 às 23:36:16

O vice-presidente da RepĂșblica, Hamilton Mourão, defendeu, hoje (24), o fortalecimento de órgãos federais de fiscalização ambiental, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenovĂĄveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

"Não resta a mĂ­nima dĂșvida de que precisamos, urgentemente, recuperar a capacidade operacional das agĂȘncias ambientais", disse o vice-presidente ao participar de audiĂȘncia pĂșblica na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, órgão colegiado responsĂĄvel por coordenar e acompanhar a implementação das ações pĂșblicas federais de proteção e desenvolvimento da região, foi convidado para tratar do desmatamento ilegal e a participação das Forças Armadas nas operações de combate aos ilĂ­citos ambientais na Amazônia Legal - região que compreende nove estados: Acre, AmapĂĄ, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, ParĂĄ, Rondônia, Roraima e Tocantins.

O vice-presidente foi questionado vĂĄrias vezes sobre o aumento do desmatamento na Amazônia Legal ao longo dos Ășltimos 12 meses. Parlamentares queriam saber a causa da destruição de 13,235 mil quilômetros quadrados da Floresta Amazônica, mesmo o conselho tendo sido reativado em fevereiro de 2020, e as Forças Armadas estando coordenando operações militares na região.

Mourão voltou a atribuir o resultado negativo do Ășltimo perĂ­odo à falta de integração entre os diferentes atores envolvidos - Forças Armadas, Ibama, ICMBio, ministérios e agĂȘncias. De acordo com o vice-presidente, o trabalho alinhado só foi atingido a partir da deflagração da Operação SamaĂșma, autorizada no final de junho deste ano.

"No primeiro momento, as operações não foram bem-sucedidas devido à falta de conversa entre os elementos das Forças Armadas e das agĂȘncias ambientais, seja o Ibama, o ICMBio ou a Funai. Íamos operar na ĂĄrea x e, na hora, não aparecia ninguém do Ibama para multar [os infratores], não vinha o pessoal do ICMBio, da Funai. Houve muita dificuldade", disse Mourão ao reconhecer que, apesar da presença militar e do aumento da ĂĄrea desmatada, o nĂșmero de multas contra quem comete crimes ambientais caiu.

Os deputados quiseram saber se não teria sido mais eficaz aplicar os recursos federais repassados às Forças Armadas para contratar servidores pĂșblicos e adquirir equipamentos para o Ibama e o ICMBio, argumentando que, no passado, os dois institutos demonstraram que, dotados da estrutura necessĂĄria, são capazes de conter o avanço da grilagem e do desmatamento de terras pĂșblicas.

"Óbvio que, se tivéssemos todas as nossas agĂȘncias ambientais operando nas melhores condições, com todos os recursos disponĂ­veis, o processo seria mais eficiente. Agora, quando estamos enfrentando uma crise e, momentaneamente, não temos condições de utilizĂĄ-las da melhor forma possĂ­vel, quem é que aparece com uma massa de manobra disponĂ­vel? São as Forças Armadas", disse Mourão.

Ele lembrou que, recentemente, foi autorizada a realização de concursos pĂșblicos para contratação de novos servidores para o Ibama e para o ICMBio.

Na semana passada, os ministérios do Meio Ambiente e da Justiça e Segurança PĂșblica anunciaram a ampliação da Operação Guardiões do Bioma, deflagrada em julho, em conjunto com os governos estaduais, conta ainda com a participação de policiais militares e civis, agentes da Força Nacional e policiais federais e rodoviĂĄrios federais, encarregados de garantir a segurança dos agentes do Ibama e do ICMBio, substituindo, assim, a presença das Forças Armadas.

"É importante destacar que a ação das Forças Armadas se destina a cercar a ĂĄrea onde as ilegalidades ocorrem e proteger os fiscais das agĂȘncias ambientais, que são os elementos capazes de aplicar multas e de verificar a natureza das ilegalidades que estejam ocorrendo", explicou o vice-presidente. "Mas concordo que o mecanismo mais adequado não é o emprego das Forças Armadas. Tem que haver também uma melhora no orçamento destinado a essas agĂȘncias ambientais, de modo que elas tenham, além do pessoal, o material necessĂĄrio para cumprir suas tarefas", disse o vice-presidente.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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